Confira obras que entram em domínio público em 2025
Popeye, Tintim e o livro ‘O som e a fúria’ são algumas das obras que poderão ser usadas gratuitamente no próximo ano
Entre a ressaca, o cansaço e os planejamentos de melhora de si que já foram por água abaixo no 1º de janeiro, há de se ter algo para celebrar neste novo ano que vem chegando e pode, em alguns casos, já ir dando tão errado. Ao menos alguns personagens de filmes, livros, músicas e demais obras que entram em domínio público a partir do primeiro dia do ano podem servir de inspiração para viver o dia dois, três, quatro e por aí vai de janeiro de forma mais leve, sem a preocupação de estar infringindo o direito intelectual alheio nessa eterna mimese da “vida que imita a arte”. Milhares de obras protegidas por direitos autorais de 1929 entraram em domínio público nos Estados Unidos, juntamente com gravações sonoras de 1924, estando livres para serem copiadas, compartilhadas e desenvolvidas. Confira algumas delas.
Para os ressacados, Popeye
Dentre as personagens que entram em domínio público no dia 1º de janeiro está Popeye, que surgiu em 17 de janeiro de 1929, criado por Elzie Crisler Segar, em uma série de tirinhas de jornal do Thimble Theatre, chamada “Gobs of work”. O marinheiro, com força sobre-humana desde o início, finalmente reencontra sua amada, Olívia Palito, que já está em domínio público há algum tempo (sua criação data de 1919). Quem sabe o espinafre do marinheiro não é o ingrediente secreto para curar a ressaca do Ano Novo?
Para os desabafos, Tintim
Há quem aproveite os momentos finais do ano para finalmente colocar no ouvido alheio muito do que ficou guardado no peito durante os 364 dias pregressos. Para esses, as aventuras de Tintim podem ser de alguma valia. Criado por Georges Prosper Remi, e tendo surgido em 10 de janeiro de 1929 (já acompanhado de seu cãozinho Milu), na revista Le Petit Vingtième, a personagem entra em domínio público com suas primeiras aparições, que posteriormente se tornaram o livro “Tintim no país dos sovietes”.
Para os sóbrios, literatura
Já na literatura, muitos clássicos da geração perdida (como ficaram conhecidos os que viveram a Primeira Guerra Mundial, os anos 1920 e vivenciaram a Grande Depressão de 1929) e dos modernistas anglófonos entram no domínio público. Dentre os mais destacados, estão: “Adeus às armas”, de Ernest Hemingway, “Um teto todo seu”, de Virginia Woolf e “O som e a fúria”, de William Faulkner (que certamente desconcertam qualquer sóbrio que for de encontro às suas palavras).
Para 2025, Ravel
“Bolero”, de Ravel, entra em domínio público, acrescentando o ditado que “para o bom entendedor, meia palavra basta”.
Confira outras obras que entram em domínio público em 2025
- Obras de Oswald de Andrade
- O primeiro longa-metragem dos Irmãos Marx, “O coco”
- Os primeiros filmes com som de Alfred Hitchcock e John Ford
- “A caixa de pandora”, do alemão G.W. Pabst
- Animações de Mickey Mouse
- “Mama’s gone, good bye”, de Ray Miller e Orquestra
- “California here I come”, de Al Jolson
- A primeira tradução de “Nada de novo no front”, de Erich Maria Remarque
- “O mistério dos sete relógios”, de Agatha Christie
- Alguns quadros de Salvador Dalí (“Prazeres oluminados”, “As acomodações do desejo” e “O grande masturbador”)
- “Ain’t misbehavin’”, de Fats Waller
- “Singin’ in the rain” (o número musical, não o filme)
*Estagiário sob supervisão da editora Cecília Itaborahy