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Baile de máscaras acontece nesta sexta, no Madame Geváh

madame gevah
(Foto: Felipe Couri)
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Nesta sexta-feira (14), no bar Madame Geváh, passado e presente se encontram em um baile secreto de máscaras. Pierrot, Arlequim e Colombina são presenças confirmadas, assim como a Banda Hippies Carnavalescos e DJ Ricco Mattos. Pontualmente às 19h37 o “bailin”, como o evento tem sido chamado, se inicia, retomando a tradição dos tempos em que a Madame ainda “residia” no casarão: sem privilégio aos números redondos. As reservas devem ser feitas pelo WhatsApp do restaurante.

A inspiração para o Baile Secreto da Madame vem dos antigos bailes carnavalescos, famosos em muitas cidades de todo o Brasil, quando o carnaval era comemorado dentro de clubes e associações. No início do século 20, essa forma de brincar a folia era tradicional em Juiz de Fora, estando presentes nos diários e demais fragmentos da existência fictícia de Madame Geváh, como relatam Paula de Oliveira, sócia da casa, e a assistente de marketing, Aline Xavier.

Nas palavras da antiga residente do casarão, muitas de suas fotografias favoritas foram tiradas durante os “bailins”. Entre amigos e amantes, Geváh distribuía suas fotos para que pudessem resistir “contra a vontade das paredes”. “Os retratos viraram fragmentos de memória que eu podia proteger com as mãos de terceiros”, afirmou em suas reminiscências a personagem que ganha voz com a instauração do bar. 

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Paula e Aline afirmam que esse resgate do passado e da forma de festejar é muito especial para elas. “Ainda mais na época preferida da Madame, o carnaval. É hora de muita música, muito amor, muita diversão e, mais ainda, de criar lembranças que não necessariamente precisam existir fora das nossas paredes.” 

Para além disso, como destacam, a alegria, o brilho e as cores do carnaval que aconteciam no início do século 20 ainda reluzem nos blocos que desfilam pelo Centro de Juiz de Fora atualmente. As máscaras somente contribuem para borrar o elo entre o que foi e o que será, mesmo que para participar do “bailin” não seja obrigatório o uso de fantasia.  

A ideia é fazer o que o próprio conceito da casa traz: um encontro feliz entre passado e presente, homenageando os bailes carnavalescos que aconteciam nessa época, e trazê-los para o momento atual, em que os blocos desfilam por essas mesmas ruas do centro da cidade.”

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Baile de máscara

Arlequim, Pierrot e Colombina são três personagens de uma história de amor italiana que inspiram diversas máscaras de carnaval pelo mundo. No Brasil, o primeiro baile deste tipo foi organizado por volta de 1640, no Rio de Janeiro. Durante o Império, este tipo de festejo se popularizou, com seu “boom” ocorrendo posteriormente, no meio do século 19 e início do século 20, com o surgimento do samba na então Capital Federal. Em Juiz de Fora, a tradição dos bailes de máscara foi representada durante muitos anos pelo “Bal Masqué”, o segundo mais antigo do Brasil.

Serviço

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Baile de máscara Madame Geváh

*Estagiário sob supervisão da editora Cecília Itaborahy

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