Tenho um orgulho imenso da minha cidade, daqueles que não cabe dentro da gente, às vezes, sabe? Orgulho da nossa história, do nosso povo e dos nossos feitos, desde os mais cotidianos aos mais importantes (afinal, quantas cidades tem um presidente da República pra chamar de seu, certo?).
Foi aqui que nasci e cresci, sempre vivendo intensamente cada aspecto da cidade. O nosso lindo campus da UFJF, onde meu avô e meus pais estudaram e trabalharam, onde eu aprendi praticamente tudo, até a andar e falar (e até mesmo tirei um diploma, veja só?), o nosso vibrante Centro, que faz esquecer às vezes que não estamos em uma grande capital, com seus prédios altos, ruas movimentadas, pessoas apressadas e, ainda assim, com uma alma tão genuinamente mineira, pacata; as visitas ao Museu Mariano Procópio, quando criança, pra andar de pedalinho, comer biju e respirar um pouquinho da história da cidade e do Brasil, assistir filmes no Palace, ficar impressionado com a beleza e magnitude cada vez que eu entro no Cine Theatro Central, ser um pouquinho transportado pra Europa na Festa Alemã, dar o primeiro beijo num banco do Parque Halfeld, olhar o trem passar, de cima da passarela na Praça da Estação, celebrar o comecinho do inverno e aquele friozinho da manhã, só pra ficar brabo por que esquentou à tarde e choveu no caminho pra casa (afinal, 4 estações por dia, não é pra qualquer um…
Cada pedacinho disso é uma parte do que eu sou e, às vezes, é muito difícil explicar pra algumas pessoas essa sensação de pertencimento. Mas, sabe, acho que a gente não precisa saber explicar essas coisas, só sentir.
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Em Agosto, só um pouquinho antes de completar 28 voltas ao redor do sol, estou indo morar beeeeeeeeeem longe, lá no Canadá, mas de uma coisa eu tenho certeza: mesmo tão longe, eu vou carregar em mim um pouquinho (ou um tantão) dessa terra que eu amo e que sempre vai fazer parte de mim.
Parabéns e muito obrigado, Juiz de Fora.
Com amor,
Gabriel Monteiro Queiroz
Economista e juiz-forano apaixonado