Escola estadual de JF enfrenta infestação de carrapatos
De acordo com a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, gestão escolar tem tomado providências para o controle de pragas no local
A Escola Estadual Presidente Costa e Silva, localizada no Bairro Benfica, na Zona Norte de Juiz de Fora, está enfrentando uma infestação de carrapatos.
De acordo com a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), a gestão escolar tem tomado providências para o controle de pragas no local, e foi feita uma dedetização nesta terça-feira (26) com esse objetivo.
Além disso, ainda segundo a SEE, o setor de Zoonoses da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) foi acionado para tomar as devidas providências de controle de hospedeiros e realizar a limpeza de um terreno próximo à unidade, que poderia estar agravando o problema.
A Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Juiz de Fora, que é a responsável por coordenar a escola, também acompanha de perto a situação para buscar uma solução urgente no local.
Cavalos em terreno
Em comunicado oficial da escola, há informações sobre a presença de cavalos em um terreno próximo ao local, o que teria causado a proliferação dos carrapatos. Ainda conforme o texto, há pessoas que colocam os cavalos dentro da escola, e o muro que separa os terrenos teria sido derrubado.
O aviso também chama atenção dos responsáveis e alunos para não usarem o buraco no muro da instituição como passagem, já que o referido terreno não é responsabilidade da escola, e, por isso, não há limpeza e monitoramento adequado para o local.
Segundo informações recebidas pela Tribuna, a escola estaria passando por dedetização desde agosto, quando os alunos teriam começado a notar carrapatos em suas roupas.
Riscos de contato com carrapatos
Um surto recente de febre maculosa registrado em Campinas, em junho, voltou a acender o alerta sobre os riscos oferecidos por carrapatos. Até junho, Minas Gerais tinha registrado nove casos da doença.
No Brasil, duas espécies da bactéria causadora da febre maculosa estão associadas a quadros clínicos da doença: a Rickettsia rickettsii, que leva ao quadro de Febre Maculosa Brasileira (FMB), considerada uma doença grave e responsável. A outra é a Rickettsia parkeri, a qual distingue-se da anterior por apresentar curso brando da doença, não apresentando caso letal.
A prevenção contra a febre maculosa é baseada no impedimento de contato direto com o carrapato, já que a doença não é transmitida de uma pessoa para a outra. No Brasil, além do carrapato-estrela, o transmissor mais conhecido da bactéria, outras espécies podem ser vetores, como Amblyomma aureolatum e Amblyomma ovale. Para evitar o contato com o transmissor, o Ministério da Saúde recomenda precauções. São elas:
– Usar roupas claras, para ajudar a identificar o carrapato, uma vez que ele é escuro;
– Usar calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas;
– Evitar andar em locais com grama ou vegetação alta;
– Usar repelentes de insetos;
– Verificar se você e seus animais de estimação estão com carrapatos;
– Se encontrar um carrapato aderido ao corpo, remova-o com uma pinça, nunca com as mãos;
– Não apertar ou esmagar o carrapato, mas puxar com cuidado e firmeza. Depois de remover o carrapato inteiro, lavar a área da mordida com álcool ou sabão e água;
– Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de contrair a doença.
– Após a utilização, colocar todas as peças de roupas em água fervente para a retirada dos insetos.