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Polícia Civil identifica irmãos suspeitos de três homicídios em Juiz de Fora

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Dois irmãos, de 20 e 21 anos, são procurados pela polícia por suspeita de envolvimento em pelo menos três homicídios ocorridos entre dezembro e janeiro em Juiz de Fora. Contra eles já foram expedidos mandados de prisão preventiva com base em dois inquéritos instaurados pela Delegacia Especializada de Homicídios. De acordo com o delegado responsável, Rodrigo Rolli, também foram solicitadas à Justiça as prisões do pai dos suspeitos, 43, apontado como possível mandante dos crimes, e de um quarto investigado, 23, que seria o suposto responsável pela entrega das armas para as execuções. Os dois últimos pedidos, entretanto, foram indeferidos.

“É um caso um tanto emblemático na região do Bairro de Lourdes e adjacências (Zona Sudeste), haja vista o envolvimento de uma família – um pai e dois filhos – com a disputa de tráfico de drogas naquela região. Uma tentativa de homicídio lá no passado, em 2013, eclodiu agora no final de 2021”, contextualizou Rolli, citando a primeira morte, em 9 de dezembro, no Bairro Santa Cândida, Zona Leste. Naquele dia, Lisarb Queiroz dos Santos, 29, foi assassinado com 12 tiros na Rua Goiás. De acordo com o registro policial, ele estaria manobrando o veículo para buscar a esposa e seguir para o Bairro de Lourdes quando foi surpreendido por duas pessoas em uma motocicleta. O carona efetuou vários disparos em sua direção, e a dupla fugiu em seguida. A Perícia da Polícia Civil constatou 12 perfurações no corpo da vítima, encontrado dentro do veículo, e recolheu oito cartuchos com munição calibre 9mm.

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“Essa morte logo depois gera outras duas: uma em 25 de dezembro, em um baile funk no Dom Bosco, no dia de Natal, e outra em 17 de janeiro, no Bairro de Lourdes. Todos esses três indivíduos assassinados estavam ligados à mercância de drogas. É importante ressaltar que a segunda pessoa que morreu era testemunha do primeiro homicídio”, explicou o delegado, se referindo a Marcos Paulo Pereira, 29. Ele não resistiu ao ser alvejado por tiro no evento em via pública conhecido como “Festa do Chapadão”, na Cidade Alta. O corpo da vítima apresentava cerca de 20 perfurações à bala e foi localizado pelos policiais no início de um escadão, nas imediações da Rua João Beguelli.

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“Em menos de 40 dias (do primeiro caso), pedimos mandados de prisão de quatro indivíduos, dois deles irmãos, do pai deles e de um quarto, que seria supostamente responsável pela entrega das armas para as execuções. O Poder Judiciário decretou a prisão de dois, e nós estamos monitorando”, assegurou o delegado.

No terceiro assassinato, um homem, 30, foi morto a tiros na Rua Domingos Del Duca. Segundo a PM, a vítima foi atingida por dois disparos na região torácica. Os tiros teriam partido dos ocupantes de um carro. “Logo após esse evento, houve uma quarta morte, no dia 19 de janeiro, que seria (de integrante) desse grupo do tráfico. O indivíduo teria sido executado supostamente por ter sido informante sobre a localização daqueles elementos (assassinados). Ainda não concluímos a investigação, mas até agora apuramos que esse jovem teria sido morto no Bairro de Lourdes por supostamente ter dado informações para o grupo rival sobre seus comparsas, a fim de facilitar as execuções”, indicou Rolli, sobre o homicídio de um rapaz, 25, assassinado a tiros na Rua Antenor Celso Rozzato, no Bairro de Lourdes. Ele estava em um bar quando um veículo com quatro pessoas teria se aproximado da vítima, e duas delas efetuaram os disparos. O jovem ainda tentou escapar do local após ter sido atingido. Ele foi encontrado caído em uma vala dentro de um terreno, já sem vida.

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“Os inquéritos sobre os casos dos dias 9 e 25 de dezembro, no Santa Cândida e Dom Bosco, respectivamente, estão sendo relatados e encaminhados à Justiça, com o indiciamento dos irmãos, que estão com mandados de prisão expedidos em ambas as investigações. Também iremos indiciar o pai por suposto envolvimento como mandante desses crimes. Ele está em local incerto, já fizemos diversas buscas, entretanto, ele ainda não compareceu à delegacia,” pontuou o delegado. “O quarto elemento, que seria o responsável pela entrega das armas pelas execuções, já compareceu à delegacia, prestou declarações, mas negou os fatos.” As investigações sobre os dois últimos crimes prosseguem.

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