Mesa sobre criminalização da LGBTTIfobia integra ações da paralisação na quarta
Evento gratuito será realizado no auditório do Centro Cultural Bernardo Mascarenhas
Integrando as ações da Greve Nacional da Educação, com paralisação das atividades de diversas instituições em todo o país na próxima quarta-feira (15), o grupo de estudos e pesquisas em Gênero, Sexualidade, Educação e Diversidade (Gesed), vinculado à Faculdade de Educação da UFJF, promove a mesa “Criminalização da LGBTTIfobia” às 19h, no auditório do CCBM. De acordo com o professor Anderson Ferrari, um dos coordenadores do Gesed, o evento parte da compreensão que um dia de paralisação não é um dia sem atividades, mas de ações estratégicas e de resistência. “Haverá uma mobilização no Parque Halfeld e isso ocasiona um esvaziamento da universidade. Por isso, mudamos para uma área mais central, pois o evento faz parte deste dia de mobilização. Nós vamos parar nossas atividades, mas faremos ações com o público. Nosso objetivo é conscientizar a população”, explica Ferrari.
A iniciativa tem como objetivo integrar a sociedade à discussão que vem sendo amplamente realizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a Criminalização da LGBBTIfobia – atitudes discriminatórias, violências e exclusões dirigidas a pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais. A mesa-redonda será composta pelo professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Renan Quinalha – referência nas discussões sobre o tema – e pela doutoranda em Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF), Lia Manso, apresentando os direitos das minorias.
O evento é gratuito, aberto ao público e confere certificado aos participantes. Segundo Anderson Ferrari, o Gesed vem, há alguns anos, realizando ações em menção ao Dia Internacional de Combate à LGBTTIfobia, em 17 de maio. “A mesa-redonda será realizada neste sentido. A data é muito importante, sobretudo neste momento atual de enfrentamento de uma política que cada vez mais demonstra que legitima a LGBTTIfobia. Outra questão fundamental é discutir como essas atitudes de violência e discriminação não atingem somente à comunidade LGBTTI (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transgêneros e intersexos), mas como atingem outros grupos, como as mulheres”, aponta o professor.