Morre Geraldo Corrêa Rodrigues, do Museu do Rádio
Geraldo tinha 71 anos e ficou conhecido pelo acervo de centenas de peças de antiquário exposto no antigo Museu do Rádio
O colecionador e comerciante de antiquários Geraldo Corrêa Rodrigues morreu, na última quarta-feira (7), em Juiz de Fora, aos 71 anos. Geraldo não resistiu a um infarto quando estava em casa. Ele foi o proprietário do acervo do Museu do Rádio de Juiz de Fora, o qual manteve com recursos próprios. O corpo de Geraldo foi velado e sepultado no Cemitério Parque da Saudade na quinta-feira (8). Ele deixa a esposa, além de quatro filhos. As informações foram confirmadas à Tribuna pela família.
O acervo de Geraldo foi exposto pela primeira vez na Rua Dom Lassagna 181, Bairro Morro da Glória. Depois, o colecionador o levou para uma automotriz no pátio da Estação Mariano Procópio. Entretanto, devido à ausência de infraestrutura e segurança, o funcionamento do Museu do Rádio foi suspenso em algumas oportunidades. “Para manter as portas abertas, busquei apoio junto a diversas autoridades e instituições. Sem ajuda, o funcionamento chegou a ser suspenso mais de uma vez”, relatou Geraldo à Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) em setembro de 2006. Na época, ele celebrava a reabertura após convênio firmado com a Fundação Alfredo Ferreira Lage (Funalfa). O acervo, então, foi abrigado no segundo andar do número 966 da Rua Espírito Santo, no Centro.
Além de peças relacionadas à radiofonia, o acervo de Geraldo ainda tinha vitrolas, gravadores, canetas-tinteiro, relógios, miniaturas de carros, televisões, peças de mobiliário, moedas e discos de vinil, por exemplo. Quando o Museu do Rádio foi alocado na Rua Espírito Santo, quem o abrigou foi o livreiro Waltinho Pecci Maddalena, proprietário da Academia do Livro. “Eu conhecia o Geraldo já há bastante tempo. Antes de a gente fazer parceria, já éramos amigos de longa data”, diz Waltinho. “Geraldo sempre foi um cara alegre, extrovertido, brincalhão. Era de fácil comunicação, entrosava com todo mundo rapidinho.” Conforme Waltinho, muito do que sabe sobre o antiquário aprendeu com Geraldo. “Eu comecei a lidar com a parte de antiquário em função de ver o Geraldo mexendo. Então, fui começando a pôr as coisas na livraria devagarzinho e, quando fui ver, tinha um montão de coisas com influência dele. E continuo até hoje.”