São Paulo investiga 5 mortes e 15 casos de intoxicação por metanol

Governo anuncia interdição de estabelecimentos suspeitos de venda de bebidas adulteradas


Por Tribuna

30/09/2025 às 16h01

O Estado de São Paulo investiga cinco mortes e 15 casos de intoxicação por metanol. O Governo paulista informou que vai interditar temporariamente estabelecimentos suspeitos de vender bebidas adulteradas e descartou vínculo do Primeiro Comando da Capital (PCC) com as ocorrências. A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para apurar possível distribuição de bebidas contaminadas para outros estados.

A hipótese de ligação com a facção havia sido levantada pela Associação Brasileira de Combate à Falsificação. No domingo (28), a entidade apontou que a substância usada para adulterar bebidas poderia ser a mesma importada ilegalmente para mistura em combustíveis. O Governo estadual afastou essa relação nas apurações em curso.

Na segunda-feira (29), mais de cem garrafas foram apreendidas em ações na Mooca e nos Jardins, na capital paulista. Um dos alvos foi o bar Ministro, na Alameda Lorena, endereço citado no boletim de ocorrência registrado por familiares de uma das vítimas, documento ao qual a reportagem teve acesso. A mulher relatou ter consumido bebida alcoólica no local antes de passar mal e perder a visão. Ela segue hospitalizada. As autoridades não divulgaram a lista completa de estabelecimentos sob suspeita; são três locais e ao menos dois serão objeto de bloqueio temporário.

Segundo as investigações, o metanol tem sido utilizado ilegalmente para adulterar bebidas como gim, uísque e vodca. Os primeiros sinais de intoxicação aparecem após a ingestão e podem se confundir com embriaguez, como fala pastosa e reflexos lentos. A evolução pode incluir efeitos neurológicos de maior gravidade, com sonolência e risco de cegueira.

Mais cedo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que a PF instaurou inquérito para investigar a contaminação. “No momento, (as ocorrências) estão concentradas em São Paulo, mas tudo indica que há distribuição para além do Estado de São Paulo e, portanto, por ser ocorrência que transcende o limite de um Estado, atrai a competência da Polícia Federal”, disse o ministro.

As ações no estado e o inquérito federal ocorrem em paralelo às medidas administrativas da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), que foi acionada para apurar responsabilidades sob a ótica do direito do consumidor. O Governo paulista também conduz mediações com representantes do setor para reforçar a fiscalização de produtos, rastrear lotes e orientar consumidores e estabelecimentos sobre protocolos de segurança.

*Texto reescrito com o auxílio do ChatGPT e revisado por nossa equipe

Tópicos: metanol / São Paulo

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