137 mortos: trio admite culpa em ataque terrorista na Rússia

A corte distrital Basmanny acusou formalmente Dalerdzhon Mirzoyev, Saidakrami Rachabalizoda, Mukhammadsobir Faizov e Shamsidin Fariduni como autores de um ataque terrorista cometido em grupo


Por Agência Estado

25/03/2024 às 08h01

Três dos quatro suspeitos acusados de realizar um ataque terrorista que matou 137 pessoas em uma casa de show na sexta-feira (22) à noite em Moscou admitiram culpa perante a Justiça russa neste domingo (24). A corte distrital Basmanny acusou formalmente Dalerdzhon Mirzoyev, Saidakrami Rachabalizoda, Mukhammadsobir Faizov e Shamsidin Fariduni como autores de um ataque terrorista cometido em grupo, cuja sentença máxima pode ser a prisão perpétua.

A corte ordenou que os quatro homens, todos cidadãos do Tajiquistão, ficarão presos até o julgamento, que pode ocorrer no dia 22 de maio.

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Casa de show alvo do ataque terrorista (Foto: Reprodução Redes Sociais / Poder 360)

Mirzoyev, Rachabalizoda e Shamsidin Fariduni admitiram serem culpados pelo ataque terrorista. Mukhammadsobir Faizov foi trazido de um hospital para o tribunal em uma cadeira de rodas e foi atendido por médicos enquanto estava no tribunal – e foi visto com diversos cortes. Os outros três suspeitos se apresentaram à Justiça com hematomas e rostos inchados. Há vários relatos na mídia russa de que eles foram torturados por policiais durante interrogatórios.

Saidakrami Rachabalizoda tinha um grande curativo em uma das orelhas. Relatos em órgãos de imprensa na Rússia apontaram no domingo que a orelha de um dos suspeitos foi cortada durante interrogatório.

A audiência dos quatro suspeitos à Justiça ocorreu enquanto a Rússia observava um dia de luto após o ataque terrorista na sexta-feira. Um grupo filiado ao Estado Islâmico assumiu a autoria do crime. Os quatro suspeitos foram presos e outras sete pessoas foram detidas, acusadas de envolvimento no ataque. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse em pronunciamento à Nação na noite de sábado que os suspeitos foram capturados quando estavam fugindo para a Ucrânia, o que foi negado veementemente pelo governo de Kiev. Fonte: Associated Press.

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