MPF denuncia Sara Giromini por injúria e ameaça contra Alexandre de Moraes

Ex-feminista foi presa temporariamente na última segunda-feira


Por Agência Estado

17/06/2020 às 11h52- Atualizada 17/06/2020 às 11h54

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou nesta terça-feira (16) a extremista Sara Giromini pelos crimes de injúria e ameaça, “praticados de forma continuada”, contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Após ser alvo de buscas no inquérito das fake news, a bolsonarista xingou e fez uma série de ameaças contra o ministro, chamando-o para “trocar socos”.

A extremista não foi denunciada por crimes contra a Lei de Segurança Nacional. Caso condenada, será obrigada a reparar Alexandre de Moraes em valor mínimo de R$ 10 mil por danos morais, indicou o MPF.

A acusação é assinada pelo procurador da República Frederick Lustosa e foi enviada à 15ª Vara de Justiça Federal. Na peça, Lustosa diz que a bolsonarista utilizou as redes sociais “para atingir a dignidade e o decoro do ministro, ameaçando de causar-lhe mal injusto e grave, com o fim de constrangê-lo”.

Lustosa enviou cota junto à denúncia argumentando que a conduta de Sara não afrontou a Lei de Segurança Nacional, “já que não houve lesão real ou potencial dos bens protegidos pela norma”. Na avaliação do procurador, a extremista “não impediu de fato o livre exercício da judicatura do ministro, nem da Suprema Corte de maneira geral”.

A cota registra que tais indicações “não implicam em atribuir desvalor penal à conduta” de Sara. “A atuação do MPF considerou a mensuração da atitude de Giromini, bem como precedentes verificados na Câmara de Coordenação Criminal do órgão”, indicou ainda a Procuradoria em nota.

O procurador também destacou na cota enviada à Justiça que sua atuação se pauta “exclusivamente pela valoração dos fatos e provas constantes dos autos” e é “isenta e desvinculada de qualquer viés ideológico ou político-partidário, muito menos suscetível a qualquer tipo de pressão interna ou externa”.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.