Polícia identifica suspeitos de espancar e matar congolês no Rio
Moïse Kabagambe teria sido agredido por funcionários do quiosque onde trabalhava
Um dos três homens suspeitos de agredir até a morte o congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, se apresentou à Polícia Civil do Rio na tarde desta terça-feira (1º). Alisson Cristiano Alves de Oliveira, conhecido como Dezenove, vendia bebidas na areia para o quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. O africano também trabalhava para o estabelecimento, sem contrato formal, e recebia por dia trabalhado.
Policiais da Delegacia de Homicídios identificaram três suspeitos a partir de imagens de câmeras de segurança. Além de Dezenove, podem ser acusados do crime Alexander Luiz da Silva, o Tota, e um terceiro agressor, conhecido como Belo.
Seriam, como Moïse, vendedores diaristas que trabalham na areia para o Tropicália. Dois outros homens que aparecem no vídeo não participaram das agressões. Um trabalha em um quiosque vizinho, e outro era um cliente.
O caso
Na segunda-feira (24), o congolês teria ido, segundo sua família, cobrar um pagamento que ainda não recebera do dono do quiosque, identificado como Fábio. O proprietário não estava. Houve discussão com um homem que estaria no lugar de um funcionário que seria o único com vínculo empregatício com o Tropicália. O bate-boca virou briga. Os vendedores então se envolveram na confusão e espancaram Moïse até a morte.
Dezenove apresentou-se à 34 DP (Bangu) e foi conduzido à Delegacia de Homicídios (DH) da capital, na Barra da Tijuca, onde prestou depoimento.
Policiais da DH conseguiram falar por telefone com Tota. O rapaz aceitou se apresentar à polícia como testemunha. Os policiais iam ao seu encontro na estação ferroviária de Santa Cruz, na Zona Oeste, para conduzi-lo à DH.
Agentes da Homicídios estiveram nesta terça-feira, no Tropicália O quiosque foi interditado por determinação da Secretaria Municipal de Ordem Pública.