Doenças da tireoide e diabetes: o que você precisa saber
PUBLIEDITORIAL
Patologias endocrino-metabólicas são muito comuns e merecem atenção aos sintomas para diagnóstico, informam profissionais da Clínica Cindi
As alterações na glândula da tireoide e a diabetes são patologias endócrino-metabólicas muito comuns em grande parte da população do país. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 15% da população apresenta algum tipo de disfunção na tireoide. Já a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) estima que em torno de 6% dos brasileiros convivam com a doença.
Os números revelam a necessidade de atenção e monitoramento da saúde. O diagnóstico precoce ajuda a evitar complicações, e o tratamento adequado possibilita o controle das doenças da tiroide e a melhor qualidade de vida aos pacientes diabéticos.
Hipotireoidismo, hipertireoidismo e os nódulos tireoidianos são as principais alterações da tireoide, glândula localizada na região anterior do pescoço, ao redor da traqueia. “O hipotireoidismo corresponde à insuficiência dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tirosina), e à elevação do TSH (hormônio estimulante da tireoide) na circulação sanguínea”, explica a médica endocrinologista e membro do corpo clínico da Cindi, Dra. Cíntia Pereira de Souza. “Já o hipertireoidismo cursa com o excesso dos hormônios T3 e T4 e a redução do TSH. Em ambos os casos, pode haver aumento de volume da glândula, gerando o bócio.”
Os nódulos tireoidianos podem ser benignos ou malignos, sendo o primeiro tipo mais comum, como destaca a médica endocrinologista e membro do corpo clínico da Cindi, Dra. Bruna R. P. Carvalho. “Estima-se que mais da metade população brasileira tenha nódulos na tireoide em algum momento da vida. Apenas a minoria é cancerígeno.”
Prevenção
As doenças da tireoide não possuem formas de prevenção específica. A principal orientação é manter uma rotina saudável, assegurando, sobretudo, uma alimentação equilibrada que ofereça o consumo regular de alimentos que contenham iodo. “Não temos um alimento que deva ou não ser consumido para evitar patologias da tireoide. No país, há a obrigatoriedade das indústrias produtoras de sal de cozinha adicionarem iodo ao tempero, produzindo, assim, o sal iodado, que contribui na prevenção das doenças da tireoide se consumido diariamente de forma moderada”, afirma a Cíntia.
Sintomas que merecem atenção
Homens e mulheres de qualquer faixa etária, incluindo crianças, podem apresentar disfunções da tireoide, embora os diagnósticos sejam mais comuns em pacientes do sexo feminino. Por isso, é fundamental conhecer os sintomas e, aos primeiros sinais, procurar um médico endocrinologista.
“Cansaço, desânimo, pele seca, constipação intestinal, dificuldade de concentração, alterações do sono como sonolência diurna ou insônia, alterações menstruais, infertilidade, queda de cabelos e unhas quebradiças são alguns dos sintomas do hipotireoidismo”, informa Cíntia. “O hipertireoidismo, geralmente, causa emagrecimento, e também podem ocorrer diarreia, agitação, insônia, entre outros sintomas”, alerta Bruna.
A maioria dos nódulos tireoidianos não causam sintomas, e por isso as consultas periódicas ao médico especialista são a melhor forma de detectar alguma suspeita.
Diagnóstico e tratamento
Na consulta, o médico endocrinologista realiza um exame clínico simples, apalpando o pescoço do paciente para analisar se há alguma alteração aparente. Neste contato com o médico é importante informar se há casos de doenças da tireoide na família, pois a predisposição genética é considerada fator de risco. O diagnóstico é confirmado apenas por meio de exame de sangue solicitado pelo especialista.
Indica-se o exame de ultrassonografia para investigar alguns nódulos e/ou monitorar algumas patologias. “Os exames de imagem são muito eficazes, pois permitem avaliar a morfologia da tireoide, se ela está no local usual, aumentada ou diminuída, se apresenta nódulos”, esclarece o médico radiologista e membro do corpo clínico da Cindi, Dr. Ary Pinheiro de Barros.
O especialista ressalta que os exames seguem o preconizado pela classificação TI-RADS (Thyroid Imaging Reporting and Data System). “Isto significa uma unificação da linguagem, o que facilita o entendimento do resultado pelo médico solicitante.”
Além de eficaz, a ultrassonografia é realizada de forma rápida e segura. “É um exame muito importante, pois sabemos que quanto mais precoce a detecção, melhores são as expectativas de cura.”
O médico radiologista e membro do corpo clínico da Cindi, Dr. Waldyr José Abizaid, diz que a ultrassonografia é mais indicada. “Isto porque apresenta uma boa definição dos nódulos separando quais precisam ser encaminhados para a biópsia “O diagnóstico com a biópsia também é realizado na clínica. “Neste caso, a biópsia é guiada pelo ultrassom.”
Waldyr ressalta, ainda, que as ultrassonografias são exames simples e acessíveis. “O custo é muito inferior quando comparado com uma ressonância ou tomografia, por exemplo.”
O tratamento para as doenças da tireoide é feito com medicação prescrita pelo médico endocrinologista.
Os cuidados com a diabetes
A diabetes mellitus é uma doença metabólica mais conhecida por ocasionar a alteração da glicemia. É causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. “Em grande parte dos casos, por ser uma doença silenciosa, o paciente pode não apresentar sintoma inicialmente e conviver com a patologia durante muitos anos, vindo a ter complicações agudas e/ou crônicas e, só assim, apresentar queixas relacionadas”, alerta a médica endocrinologista Dra. Cíntia Pereira de Souza.
Exatamente por isso a doença requer atenção redobrada. A melhor forma de prevenção é manter hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, prática regular de atividades físicas e evitar o consumo de bebidas alcoólicas, cigarro e outras drogas. “O número de pessoas com diagnóstico vem aumentando nas últimas décadas, em decorrência de diversos fatores, como, por exemplo, o aumento da obesidade. Existem vários tipos de diabetes, sendo o tipo 2 o mais comum no mundo”, explica a médica endocrinologista Dra. Bruna R. P. Carvalho.
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Entenda as diferentes formas da doença
Diabetes tipo 1
Pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo, e, assim, a glicose é armazenada no sangue em vez de usada como energia. Geralmente, se manifesta na infância e adolescência, mas também pode ser diagnosticada em adultos.
Diabetes tipo 2
Quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz ou apresenta uma produção insuficiente para controlar a taxa de glicemia. Está relacionada ao sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão e hábitos alimentares.
Diabetes gestacional
Quando ocorre temporariamente durante a gravidez. As taxas de açúcar no sangue ficam elevadas.
Pré-diabetes
Quando os níveis de glicose no sangue estão elevados, mas não caracterizam ainda a diabetes. É considerado sinal de alerta.
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Como a doença se manifesta
A diabetes costuma ser uma doença silenciosa, mas é importante estar atento a alguns sinais. “Os sintomas de um quadro agudo de alteração da glicose podem ser sede e fome excessivos, urinar várias vezes ao dia e perda de peso não justificado, ou ainda se manifestar com doenças graves como infarto agudo do miocárdio ou acidente vascular cerebral”, pontua Cíntia. “Num quadro crônico de descompensação glicêmica, a diabetes mellitus pode se manifestar com alterações da função renal, cegueira e Neuropatia.”
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da diabetes é feito por meio de exame de sangue. O tratamento varia conforme o caso apresentado pelo paciente. “O tratamento é individualizado, e devem-se levar em consideração diversos fatores como peso, função renal e outras doenças associadas”, destaca Bruna.
Tanto a dosagem de insulina quanto a medicação oral podem ser utilizadas. De acordo com Bruna, o conhecimento sobre a doença também é fundamental. “Conhecendo melhor sua doença o paciente pode colaborar muito para o tratamento. Não só o paciente precisa ser orientado, mas também seus familiares e as pessoas próximas. Assim, ele pode ter o auxílio e o suporte necessários para um bom tratamento e tomar as decisões mais adequadas com base em conhecimento.”
O controle da diabetes permite melhor qualidade de vida ao paciente e evita possíveis complicações. “Se a diabetes não for tratada de forma adequada, podem surgir complicações, como retinopatia, nefropatia, neuropatia, pé diabético, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, entre outros. Se o paciente já estiver com diagnóstico de complicação crônica, há tratamentos específicos para ajudar a levar uma vida normal”, informa Bruna.
Monitoramento
A ultrassonografia é um recurso aos pacientes diabéticos para o controle da saúde. “O papel do exame de imagem é acompanhar possíveis complicações da doença que possam afetar os rins, por exemplo. Neste caso, é indicada a ultrassonografia do abdômen”, indica o médico radiologista Dr. Waldyr José Abizaid.
O monitoramento por imagem deve ser periódico. “Esta periodicidade vai ser demandada pelo médico que acompanha o paciente, variando conforme cada caso. Mas manter a rotina de realizar a ultrassonografia uma vez ao ano, inclusive para quem não apresenta a doença, é muito importante para acompanhar a saúde”, orienta o médico radiologista e membro do corpo clínico da Cindi, Dr. Ary Pinheiro de Barros.
Por onde começar
Tanto as doenças da tireoide quanto a diabetes exigem atenção para serem diagnosticadas, pois muitas vezes se manifestam de forma silenciosa. Mantenha as consultas com o endocrinologista e os exames de sangue em dia.
Não deixe de realizar os exames de imagem para investigar de forma mais profunda as disfunções da tireoide e para evitar possíveis complicações da diabetes.
A clínica Cindi realiza todos os exames necessários para o diagnóstico e acompanhamento destas patologias endócrino-metabólicas.
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