Eleitor que deixa líderes prefere nulos e brancos

Por Paulo Cesar Magella

A queda de um ponto percentual nas intenções de voto nos candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), detectada na última pesquisa do Ibope, além de ficar dentro da margem de erro, não alterou a performance dos demais candidatos. Na avaliação do cientista político Renato Dolci, especialista em Big Data e consultor-chefe da BTB agência de consultoria, é mais provável que tenham migrado para as áreas de nulos e brancos. Ao participar do programa Pequeno Expediente, da Rádio CBN Juiz de Fora, nessa quinta-feira, Dolci destacou também um outro dado: a anulação de 3,5 milhões de títulos eleitorais confirmada pela Justiça. No seu entendimento, como esses eleitores ainda não sabem que não poderão votar, mas continuam sendo pesquisados, a aferição de possíveis danos ainda não é precisa, mas destacou que, se houver alguém prejudicado, deve ser Haddad, pois boa parte desses eleitores está no Nordeste. Ressaltou, porém, que, a despeito disso, não haverá influência nos resultados das urnas.

Margem de erro

Para a pesquisa, que deve ser divulgada nesta sexta-feira, o Datafolha entrevistou nove mil pessoas em todo o país, o que indica uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Na reta final de campanha, os institutos tendem a afinar a sintonia em função – especialmente no pleito deste ano – do acirramento do debate. Ainda antes do pleito, os dois principais institutos devem apresentar novos números no decorrer da semana.

Pelos museus

Deu na coluna de Ancelmo Gois, em “O Globo”: “O presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, lançará amanhã (hoje) um edital para a chamada pública que selecionará projetos de patrimônio cultural. O foco são os voltados para a segurança e proteção contra incêndios em instituições culturais públicas de guarda de acervos memoriais (museus, arquivos, bibliotecas)”. O valor dessa chamada será de R$ 25 milhões. Com tantos recursos, o imperial Mariano Procópio e outros de Juiz de Fora têm uma boa chance de se habilitarem para esse repasse.

Comércio nas eleições

A Fecomércio-MG, que reúne os sindicatos do comércio de todo o estado, já alertou aos filiados que “nos termos da legislação vigente não existem feriados determinados para o período das eleições. Dessa forma, a utilização da mão de obra dos comerciários no dia 7 de outubro, data do primeiro turno, e 28 de outubro, num eventual segundo turno, é permitida, não estando condicionada a autorização em convenção coletiva de trabalho”. Mas a própria entidade adverte que os trabalhadores devem ser liberados, pelo tempo que for necessário, para que possam exercer o direito de voto, sem que isso implique qualquer penalidade ou desconto das horas de ausência.

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Sou da primeira geração da Tribuna, onde ingressei em 1981 - ano de fundação do jornal -, já tendo exercido as funções de editor de política, editor de economia, secretário de redação e, desde 1995, editor geral. Além de jornalista, sou bacharel em Direito e Filosofia. Também sou radialista Meus hobbies são leitura, gastronomia - não como frango, pasmem - esportes (Flamengo até morrer), encontro com amigos, de preferência nos botequins. E-mail: [email protected] [email protected]

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