Deputado estadual eleito para o seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Cristiano Caporezzo (PL) voltou a fazer críticas duras à articulação do Governo Romeu Zema (Novo). Nesta quinta-feira (26), em entrevista à Rádio Super, de Belo Horizonte, afirmou que o governador não tem um bom relacionamento com as forças de segurança do estado. O futuro parlamentar fez a avaliação considerando que o veto de Zema à recomposição salarial de bombeiros, agentes socioeducativos e policiais civis, militares e penais, em 2022, significou uma quebra de confiança.
Polêmica
Na semana passada, o nome do parlamentar eleito já havia surgido em uma polêmica envolvendo integrantes do Governo Zema, no caso, o secretário de Governo Igor Eto. O parlamentar diz que o secretário, no âmbito das discussões que marcam as movimentações para a eleição da Presidência da Assembleia Legislativa, tentou chantageá-lo.
Suposta chantagem
A abordagem teria ocorrido de forma indireta, após uma suposta ligação de Eto para o coronel da Polícia Militar, Marco Aurélio Zancanela. O secretário teria dito que, caso Caporezzo não votasse no candidato apoiado pelo Governo na eleição para o comando da ALMG, Zancanela perderia a indicação para o cargo de Chefe do Estado Maior. A indicação do nome do militar partiu do próprio Caporezzo.
Candidato independente
A situação veio à tona no último sábado. De lá para cá, os bastidores que marcaram as movimentações visando a disputa pela Presidência da ALMG passaram por várias reviravoltas, inclusive, com o Governo Zema abrindo mão de bancar apoio a um nome mais alinhado. Com isso, o cenário de momento aponta que o deputado estadual Tadeu Leite Martins, de postura independente, deve ser lançado como candidato único no pleito marcado para o próximo dia 1º de fevereiro.