Grupo de Kennedy monitorou reunião de Pardal

Por Paulo Cesar Magella

A reunião do grupo do vereador Luiz Otávio Coelho (Pardal), na última sexta-feira, quando foi firmado um termo de compromisso com sua candidatura, foi acompanhada atentamente pelos vereadores que estão fechados com Kennedy Ribeiro (MDB). Um desses personagens assegurou que o jogo ainda está sendo jogado, não considerando que a chapa adversária já esteja consolidada a ponto de não haver mudanças. Lembrou que, há cerca de quatro dias, o cenário era outro. Kennedy contava com os votos de José Fiorilo e Ana Rossignoli, agora com Pardal. Da mesma forma que houve essa mudança de lado, tudo é possível na política, destacou. Contando com o seu, Kennedy soma oito votos, já que o petista Roberto Cupolillo (Betão), eleito deputado estadual pelo PT, normalmente se abstém de votar. Há conversas para que ele, agora, reveja essa posição.

Voto dissidente

Eleições para a presidência da Câmara sempre foram marcadas por episódios que chamaram a atenção mais nos bastidores do que no plenário. Em 1º de janeiro de 1977, quando ocorreria a posse do prefeito Mello Reis e das bancadas da Arena e do MDB, o vereador Fernando Paranhos (Arena) já era cumprimentado como presidente da Casa, pois seu partido tinha elegido uma bancada de dez vereadores. Como naquele tempo, em plena ditadura militar, a fidelidade partidária era sólida, não havia riscos de defecção. Não se contava, porém, com o voto secreto. E foi aí que ocorreu a virada. O vereador Wilson Jabour (Arena) se articulou com o MDB e teve os nove votos da oposição. Com o dele, chegou a dez e ganhou a eleição. A direção municipal da Arena pediu a sua cassação, mas, como o voto foi secreto, faltou o principal elemento: a prova material da traição. Jabour foi absolvido.

Voto trocado

Em outros pleitos, os resultados ocorreram de última hora em virtude de trapalhadas. Numa delas, na primeira gestão Alberto Bejani, o placar se inverteu porque um dos vereadores se atrapalhou na hora de votar e trocou o nome do candidato e votou no concorrente. Também já foram registradas eleições decididas pelo critério da idade. Houve casos sem qualquer disputa. O vereador pelo MDB Waldecyr Martins foi eleito com o aval de todos os pares, embora o Legislativo tivesse mais de um partido. Ocupou a presidência por duas vezes com apoio unânime dos legisladores.

Reforma em pauta

Mesmo sob sete chaves, o projeto de reestruturação administrativa da Prefeitura, a ser encaminhado à Câmara, no início de novembro, já permite algumas especulações além das que estão nas ruas. Uma delas: algumas secretarias mudariam de status, passando para subsecretarias. Estariam na lista as pastas de Agropecuária, Segurança Social e Comissão Permanente de Licitações. A Empav passaria para o controle da Secretaria de Obras. A indefinição se deve apenas a pendências trabalhistas que estariam sendo discutidas pelo setor jurídico da Prefeitura. Na edição deste domingo, a Tribuna joga mais luzes na discussão, embora não tenha havido qualquer confirmação do Executivo.

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Sou da primeira geração da Tribuna, onde ingressei em 1981 - ano de fundação do jornal -, já tendo exercido as funções de editor de política, editor de economia, secretário de redação e, desde 1995, editor geral. Além de jornalista, sou bacharel em Direito e Filosofia. Também sou radialista Meus hobbies são leitura, gastronomia - não como frango, pasmem - esportes (Flamengo até morrer), encontro com amigos, de preferência nos botequins. E-mail: [email protected] [email protected]

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