Painel 20/9

Por Tribuna

Reforma pífia

Em debate ontem na Rádio CBN, os cientistas políticos Rubem Barboza e Raul Magalhães, ambos da UFJF, não esconderam sua perplexidade com o cenário político diante das incertezas geradas dentro do Congresso Nacional. A reforma política que deve sair da Câmara é apenas um arremedo das propostas que entraram na pauta. Rubem e o também cientista político Jairo Nicolau foram os dois convidados da Comissão Especial, mas nada do que ambos disseram foi aproveitado. Tanto ele quanto Raul Magalhães entendem que um dos principais desafios é o financiamento de campanha. Rubem chama a atenção para o modelo americano de financiamento posterior. O partido, com base na votação, pode ser ressarcido. Raul, por sua vez, considera que tirar de cena o financiamento empresarial não resolve, pois ele vai continuar nos bastidores, mas só seria possível com grande fiscalização, e é aí que está o problema.

Café das 5 e meia

Rubem Barboza, aliás, coordena nesta quinta-feira mais uma rodada do Café das 5 e meia, que tornou-se um fórum de discussão no ICH da Universidade Federal de Juiz de Fora, em torno das questões nacionais, especialmente. O convidado da vez será o cientista político, antropólogo e escritor Luiz Eduardo Soares, considerado um dos maiores especialistas em segurança pública do país, tendo sido secretário nacional de segurança pública no primeiro Governo Lula e secretário de Segurança do Rio de Janeiro, na gestão Anthony Garotinho.

Por unanimidade

O Tribunal Regional Eleitoral acatou por unanimidade o recurso apresentado pelo ex-prefeito de Barbacena Toninho Andrada e pelos atuais prefeito e vice, Luiz Álvaro e Ângela Kilson, respectivamente, contra a sentença de cassação de mandato proferida em primeira instância pelo juiz Joaquim Gamonal, da 23ª Zona Eleitoral. Na semana passada, como foi dito aqui no Painel, faltava apenas um voto para definição do caso, concluído na noite de segunda-feira. Além de garantir o mandato dos chefes do Executivo, o TRE também reformou a sentença em que o juiz considerava Andrada inelegível por oito anos.

Linha de crédito

Chegou à Câmara Municipal mensagem do prefeito Bruno Siqueira em que pede autorização da Câmara para celebrar contratos com o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) no montante de R$ 4 milhões para obras em Juiz de Fora. Ela se desdobra em duas partes. A primeira é para um crédito de R$ 305.200, destinados ao financiamento de construção, ampliação e/ou reforma de edificações públicas municipais. O pacote maior é de R$ 3.694.800 destinados ao financiamento de obras de infraestrutura urbana. A matéria deve ser votada ainda neste período de reuniões.

 

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