Julgamento que causa impacto em chapa de vereadores volta a pauta dia 8

A formação da chapa de vereadores passa pelo teste da Justiça Eleitoral em julgamento programado para o dia 8 de fevereiro

Por Paulo Cesar Magella

O julgamento das três Ações Diretas de Inconstitucionalidade que contestam a terceira fase da distribuição das sobras eleitorais nas chapas proporcionais (chapa de vereadores) foi pautado para continuidade no Supremo Tribunal Federal (STF) no próximo dia 8 de fevereiro.

Pela legislação atual, os partidos que alcançaram o quociente eleitoral (votos válidos dividido pelas vagas em disputa) e possuem candidatos com votação superior a 10% desse quociente, conquistam as primeiras cadeiras. As vagas restantes chamadas de “sobras” serão destinadas àqueles partidos e candidatos com pelo menos 80% e 20 % do quociente, respectivamente.

Ultrapassada essa segunda fase, e havendo vagas remanescente, passa-se à terceira fase, que vem sendo a questionada por Rede, PSB, Podemos e PP no STF. Pela legislação, podem participar da distribuição dessas sobras “os partidos que apresentam as maiores médias.”

Acontece que, nas eleições de 2022 (deputados federais e estaduais), resolução do TSE determinou que a média fosse calculada somente entre os partidos que alcançaram mais de 80% do quociente eleitoral, o que vem sendo contestado.

O Ex-ministro do STF, Ricardo Lewandowski, que relatou a matéria, votou pela procedência das ações, permitindo que todas as legendas e candidatos participem da terceira fase de distribuição das cadeiras remanescentes, independentemente do quociente eleitoral. Agora é esperar.

A legislação é importante até mesmo para a composição de chapas, já que os partidos – uns mais outros menos – trabalham com métricas, avaliando as possibilidades dos seus candidatos. Por conta disso, muitos partidos não aceitam candidatos com mandato e outros os acolhe mesmo sabendo que nem todos terão chances de retornar ao mandato. São os números que pesam, pois quanto mais votos mais chances de aumentar a representação.

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Sou da primeira geração da Tribuna, onde ingressei em 1981 - ano de fundação do jornal -, já tendo exercido as funções de editor de política, editor de economia, secretário de redação e, desde 1995, editor geral. Além de jornalista, sou bacharel em Direito e Filosofia. Também sou radialista Meus hobbies são leitura, gastronomia - não como frango, pasmem - esportes (Flamengo até morrer), encontro com amigos, de preferência nos botequins. E-mail: [email protected] [email protected]

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