A eleição para a presidência do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Sudeste (Cisdeste), que teve atuação direta do prefeito Bruno Siqueira – do PMDB, e não do PSDB, como grafado pelo Painel -, foi mostra do jogo político que já está em curso nos bastidores, sobretudo num momento de virada completa no Governo estadual. Na mesma trincheira do prefeito estava o deputado Reginaldo Lopes, do Partido dos Trabalhadores, enquanto a outra chapa tinha como um dos padrinhos o deputado eleito Antônio Jorge Marques, do PPS, identificado com a gestão tucana, da qual fez parte até meados do ano. Ademais, ele é um potencial candidato a prefeito em 2016, dependendo das articulações. Antes mesmo da posse dos eleitos no mês de outubro, a sucessão municipal tem sido referência para entendimentos. Como o Painel revelou ontem, o PCdoB também espera ser chamado para conversar sobre sua participação no primeiro escalão municipal. De acordo com o presidente do diretório estadual, Wadson Ribeiro, o eventual convite indica aliança também na disputa de 2016.
Quem deve?
Durante a eleição da nova direção do consórcio, chamou a atenção a situação do próprio prefeito de Juiz de Fora. Um dos principais articuladores da chapa vencedora, ele acabou não votando, pois a cidade estaria inadimplente com o Cisdeste. Bruno, apesar disso, revelou que não era nenhuma leniência da Administração, mas uma decisão resultante do encontro de contas que precisa ser feito. Como nem todas as promessas feitas aos prefeitos foram cumpridas pelo Estado, muitas delas estão sendo bancadas pelo Município. Feitas as contas, seria o consórcio o devedor, e não a Prefeitura de Juiz de Fora, argumentou.