Pesquisa Quaest aponta direita divida, mas com desempenho melhor do que o da esquerda

A Pesquisa Quaest indica o prestígio do presidente Lula, mas aponta o crescimento de Pablo Marçal em redutos fora da Região Sudeste

Por Paulo Cesar Magella

Pesquisa Quaest, feita após o primeiro turno das eleições municipais, apontou um forte crescimento do antipetismo que se manifestou nas urnas, sobretudo nos chamados grandes centros como São Paulo. A direita aumentou seu potencial de votos, mas está dividida. O ex-coach Pablo Marçal ficou fora do segundo turno na maior cidade do país, mas apontou para 2026 como um potencial candidato à presidência da República. De acordo com a Quaest, se a eleição fosse hoje, ele ficaria em segundo lugar, com 18% das intenções de voto, ficando atrás apenas do presidente Lula que é preferido por 32% do eleitorado. O governador Tarcísio de Freitas é a terceira opção, com 15%. Apenas 18% estão indecisos e outros 18% optariam por anular o voto, votar em branco ou não comparecer às urnas.

Pesquisa Quaest mostra racha da direita entre os eleitores de Bolsonaro

De acordo com o pesquisador Felipe Nunes, o racha da direita aconteceu dentro do eleitorado que votou em Jair Bolsonaro em 2022, enquanto Lula mantém 71% de seus eleitores. Marçal e Tarcísio dividem o espólio do ex-presidente. Cada um teria aproximadamente 30% do eleitor que votou em Bolsonaro.

Lula lidera, mas Pesquisa Quaest faz alerta para as eleições de 2026

Felipe Nunes destaca que o presidente Lula continua com muita vantagem no Nordeste, mas chamou a atenção a força de Marçal, com o dobro de intenção de votos em relação a Tarcísio. “Mesmo padrão do Sul, Centro-Oeste/Norte. Tarcísio só aparece forte no Sudeste, onde é mais conhecido. Essa divisão favorece Lula”, destacou o pesquisador, mas ele alertou que cresceu o percentual de brasileiros que acham que o presidente não deveria ser candidato à reeleição.

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Sou da primeira geração da Tribuna, onde ingressei em 1981 - ano de fundação do jornal -, já tendo exercido as funções de editor de política, editor de economia, secretário de redação e, desde 1995, editor geral. Além de jornalista, sou bacharel em Direito e Filosofia. Também sou radialista Meus hobbies são leitura, gastronomia - não como frango, pasmem - esportes (Flamengo até morrer), encontro com amigos, de preferência nos botequins. E-mail: [email protected] [email protected]

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