Maioria rejeita falas de Lula sobre a operação da polícia no Rio de Janeiro, diz Genial/Quaest

De acordo com a Genial/Quaest, a pauta da segurança interrompeu o crescimento positivo do presidente Lula

Por Paulo Cesar Magella

As recentes falas do presidente Lula sobre a megaoperação no Rio de Janeiro, que culminou com 121 mortos, entre eles quatro policiais, foram rejeitadas por uma expressiva parcela da população. Lula classificou o episódio como uma matança, mas 81% discordam dessa afirmação, de acordo com pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira. Somente 14% concordam com o presidente.

Para 57%, presidente erra ao classificar a operação como desastrosa

De acordo com o diretor da Quaest, Felipe Nunes, “o posicionamento teve efeito negativo porque 51% acreditam que essa é uma opinião sincera do presidente, mesmo após a justificativa apresentada pelo Planalto; 39% veem como mal-entendido. Além disso, 57% discordam da tese defendida pelo presidente Lula de que a operação no Rio foi “desastrosa” do ponto de vista da atuação do Estado.”

Aprovação é maior do que no Rio de Janeiro

A operação das polícias do Rio de Janeiro nos complexos da Penha e do Alemão, teve aprovação nacional superior à do Rio de Janeiro: 67% aprovam e 25% desaprovam. Para 67% não houve exagero por parte da política; 29% veem excesso na força empregada.

Mas só 42% querem operação semelhante em seus estados

Quando indagados se gostariam de ter operação semelhante da polícia em seu estado, apenas 42% disseram que sim. Os mais animados em ver essa operação se declaram de direita não bolsonarista. Eles são 62%. Os maiores opositores, 23%, são parte da esquerda não lulista.

Pauta da segurança reduz aprovação de Lula

Por conta das declarações do presidente, se o tarifaço mudou a sua trajetória de aprovação, a pauta da segurança pública interrompeu o que Felipe Melo considera “lua de mel tardia do governo com o eleitorado”. Foi justamente nesse grupo que a tendência de melhora se inverteu.

 

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Sou da primeira geração da Tribuna, onde ingressei em 1981 - ano de fundação do jornal -, já tendo exercido as funções de editor de política, editor de economia, secretário de redação e, desde 1995, editor geral. Além de jornalista, sou bacharel em Direito e Filosofia. Também sou radialista. Meus hobbies são leitura, gastronomia - não como frango, pasmem - esportes (Flamengo até morrer), encontro com amigos, de preferência nos botequins.E-mail: [email protected] [email protected]

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