A aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso, que surpreendeu até mesmo aos seus pares, mexe com o jogo político em Minas Gerais. O senador Rodrigo Pacheco, nome cotado para disputar o governo do estado com apoio do presidente Lula, está na fila dos pretendentes. Lideranças mais próximas dizem que a saída do ministro é a chave do processo. Pacheco é um jurista respeitado e tem apoio da maioria dos senadores, mas é também o nome que o presidente conta para as eleições de 2026, por saber que Minas é estratégico para qualquer projeto eleitoral.
Com esse cenário, Pacheco tem dois problemas. Quer ser ministro e Lula o quer no palanque. O segundo é a fila de candidatos. Ele é um dos cotados, mas também estão no páreo o Advogado Geral da União, Jorge Messias, e o ministro do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas. Na bolsa de apostas, o nome mais cotado é Jorge Messias. Ele é do seleto grupo de confiança do presidente, tem bom trânsito no STF e é evangélico. Na sexta-feira, o nome da ministra do Superior Tribunal de Justiça, Daniela Teixeira, também entrou na lista. Lula tem sido pressionado a indicar uma mulher para o STF.
Depois da nomeação
Pacheco só deve definir sua posição, após o preenchimento da vaga no Supremo Tribunal Federal, pois não há garantias de ser candidato mesmo ficando fora da vaga no STF. O plano B é o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil. Contra ele pesa a indisciplina partidária. Ele age por conta própria e tem pouca paciência para acordos políticos. A outra opção é a prefeita de Contagem, Marília Campos, hoje cotada para vice na eventual chapa de Pacheco. Ela seria um nome direto do PT, e está no seu quarto mandato à frente da prefeitura.