Genial/Quaest aponta que brasileiro confia mais nas igrejas e nas Forças Armadas e desconfia totalmente dos partidos políticos

De acordo com a Genial/Quaest, brasileiros continuam confiando mais nas instituições de fé e força

Por Paulo Cesar Magella

Os brasileiros continuam confiando mais em instituições de fé e força – Igrejas e Forças Armadas – do que em instituições como partidos políticos, Congresso e STF. Os números são da mais recente Pesquisa Genial/Quaest divulgados nesta segunda-feira. A Igreja Católica, com 73% que confiam e 25% que não confiam, tem o maior índice de confiança, seguida da Polícia Militar, 71% e 28% respectivamente; militares e Forças Armadas, 70% e 28%; Igrejas Evangélicas, 65% e 32%; prefeito(a) de sua cidade, 63% e 35%; bancos, 63% e 36%; Presidência da República, 54% e 44%; Imprensa, 54% e 44%, e STF, 50%% e 47%.

Para  Genial/Quaest, desconfiança nos partidos chegou a 63%

Por sua vez, a pesquisa constatou que a população vê com reserva o papel de outros setores. O Congresso Nacional tem uma avaliação negativa de 52% e positiva de 45%; Juiz de Futebol, negativa de 52% e positiva de 43%; Redes Sociais, negativa de 57% e positiva de 41%, e os Partidos Políticos têm a pior avaliação: 63% têm uma avaliação negativa, enquanto somente 36% acham que atuam positivamente. De acordo com o coordenador da pesquisa, Felipe Nunes, houve uma piora generalizada no grau de confiança institucional dos brasileiros nos últimos quatro anos. “A desconfiança na PM, nas Forças Armadas e no Congresso Nacional aumentou 10 pontos porcentuais nesse período. A desconfiança nos partidos aumentou 9 pontos, no STF aumentou 7 pontos e na imprensa 6 pontos.

Percepção mudou de acordo com o mandato na presidência

Ainda de acordo com Felipe Nunes, no caso das Igrejas Evangélicas, a desconfiança aumentou especialmente entre os eleitores que votaram em Lula nas últimas eleições. E essa mudança de percepção piorou entre 2024 e 2025, já no governo Lula 3. No caso das Forças Armadas, a desconfiança aumentou apenas entre os eleitores que votaram em Jair Bolsonaro em 2022. “Neste caso, a mudança aconteceu principalmente entre 2022 e 2024, sinal de que o desgaste pode ter vindo de um não golpe”, destacou.

Papéis invertidos na avaliação do Supremo Tribunal Federal

De acordo com Felipe Nunes, no caso do Supremo Tribunal Federal, a desconfiança continua aumentando, mas mudou de lado. Até 2023, a desconfiança vinha do eleitor de Lula. Após 2024, ela aumentou entre os eleitores de Bolsonaro. Essa desconfiança também chegou ao eleitor que se absteve no segundo turno de 2022.

Paulo Cesar Magella

Paulo Cesar Magella

Sou da primeira geração da Tribuna, onde ingressei em 1981 - ano de fundação do jornal -, já tendo exercido as funções de editor de política, editor de economia, secretário de redação e, desde 1995, editor geral. Além de jornalista, sou bacharel em Direito e Filosofia. Também sou radialista. Meus hobbies são leitura, gastronomia - não como frango, pasmem - esportes (Flamengo até morrer), encontro com amigos, de preferência nos botequins.E-mail: [email protected] [email protected]

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