Os neurônios são as células responsáveis pela comunicação no cérebro e em todo o sistema nervoso. Eles processam e transmitem informações por meio de impulsos elétricos, formando a base de funções essenciais como pensamento, memória, aprendizado e controle dos movimentos.
Por muito tempo, acreditou-se que, uma vez danificados, os neurônios não poderiam ser regenerados. No entanto, essa visão está mudando com novas descobertas científicas.
Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, apontou que certos compostos presentes em um alimento específico têm o potencial de estimular a regeneração neuronal.
Seu neurônio será regenerado com alimento
O alimento em questão é o Hericium erinaceus, conhecido popularmente como “cogumelo juba de leão”. Tradicional na medicina oriental, esse fungo agora ganha atenção da ciência ocidental por seus efeitos no sistema nervoso.
A pesquisa australiana observou que substâncias encontradas no cogumelo ativam o fator de crescimento nervoso (NGF), uma proteína essencial para o desenvolvimento e a manutenção dos neurônios.
Em testes realizados com roedores, os cientistas registraram aumento significativo na formação de conexões entre células cerebrais e melhora expressiva no desempenho dos animais em testes de memória.
Esses resultados sugerem que o consumo regular desse cogumelo pode não apenas proteger o cérebro contra o envelhecimento, mas também auxiliar na recuperação de danos celulares, o que abre novas possibilidades para o tratamento de doenças como Alzheimer e Parkinson.
O estudo identificou compostos específicos, como hericenonas e erinacinas, que atuam diretamente nos mecanismos de regeneração e proteção dos neurônios, fortalecendo a comunicação entre as células e reduzindo processos inflamatórios cerebrais.
Como preservar a saúde dos neurônios
Para quem busca preservar a saúde cerebral, a alimentação é um dos pilares fundamentais. Além do cogumelo juba de leão, outros hábitos podem favorecer o bom funcionamento dos neurônios.
Manter uma dieta rica em antioxidantes, presentes em frutas vermelhas, vegetais verdes e peixes com ômega-3, ajuda a combater o estresse oxidativo que prejudica as células cerebrais.
Atividades físicas regulares e o estímulo cognitivo — como leitura, aprendizado de novos idiomas ou jogos de lógica — também são grandes aliados da neuroplasticidade, a capacidade do cérebro de se adaptar e formar novas conexões.
A ciência mostra que o cérebro é mais adaptável do que se imaginava. E agora, mais do que nunca, parece que o que colocamos no prato pode fazer diferença no que acontece dentro da nossa mente.