Você já ouviu falar no Serpentário ou Ofiúco como o 13º signo do zodíaco? Essa questão volta e meia gera debates acalorados entre astrólogos e cientistas, confundindo quem tenta entender as bases da astrologia. Para esclarecer o assunto, é importante separar ciência e tradição.
Ofiúco é, na verdade, uma constelação que faz parte da eclíptica — o caminho aparente que o Sol percorre no céu ao longo do ano. Em 1930, a União Astronômica Internacional (UAI) reorganizou as constelações, definindo que a eclíptica cruza 13 delas: as já conhecidas 12 do zodíaco e Ofiúco, que está localizada entre Escorpião e Sagitário. Astronomicamente, o Sol passa por Ofiúco entre 30 de novembro e 17 de dezembro.
Essa reclassificação, porém, não alterou a astrologia tradicional, que se baseia em divisões fixas de 30 graus da eclíptica, associadas às 12 constelações escolhidas pelos povos antigos. Segundo os astrólogos, os signos do zodíaco não são dependentes das constelações em si, mas de um sistema simbólico baseado em ciclos terrestres.
Como surgiu o assunto do Serpentário?
O debate sobre o serpentário ganhou força com a descoberta da precessão dos equinócios, fenômeno que desloca lentamente a posição das constelações no céu em relação ao zodíaco tradicional. Desde que a astrologia surgiu, há mais de dois mil anos, o ponto inicial do zodíaco mudou de Áries para Peixes, e em breve estará em Aquário. No entanto, os astrólogos argumentam que essa mudança não interfere nos signos, pois eles seguem um calendário simbólico fixo.
E Ofiúco, afinal? Para a astrologia, ele não é um signo. Apesar de sua rica simbologia — associado à cura e à transformação, pois representa Asclépio, o deus grego da medicina —, Ofiúco é visto como uma extensão de Escorpião, carregando traços de intensidade e renascimento já presentes no signo.
Enquanto astrônomos reconhecem 13 constelações zodiacais, a astrologia mantém seu modelo baseado em 12 signos. Para os praticantes, Ofiúco não representa uma revolução no zodíaco, mas uma curiosidade astronômica que reforça a diferença entre as duas áreas.
Portanto, antes de revisar seu mapa astral, lembre-se: a astrologia é uma prática simbólica, e o surgimento do Serpentário não muda o que o céu já escreveu para você.