O governo federal, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu terceiro mandato, anunciou um reajuste de 7,5% no salário mínimo a partir de 2025.
A medida, que já está em vigor, elevou o piso nacional em mais de R$ 100 e já está refletindo na folha de pagamento de milhões de brasileiros.
Salário mínimo aumenta em 7,5% em 2025
Até o final de 2024, o salário mínimo estava fixado em R$ 1.412. Com o novo reajuste anunciado no final do ano passado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) e confirmado por Lula no fim de dezembro, passou a ser de R$ 1.518, o que representa uma elevação de R$ 106 no valor mensal.
Esse acréscimo foi calculado seguindo a política de valorização aprovada em 2023, que combina a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) até novembro — acumulada em 4,84% — com um ganho real atrelado ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), estipulado em 2,5%.
Assim, o governo busca garantir uma correção que preserve o poder de compra e promova ganhos acima da inflação.
O novo salário mínimo impacta não apenas os trabalhadores formais, mas também quem recebe benefícios como seguro-desemprego, abono salarial (PIS/Pasep) e Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Além dos trabalhadores da iniciativa pública e privada que recebem o mínimo, cerca de 40 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) também foram contemplados.
Para este grupo, que tem 70% dos seus beneficiários recebendo o salário mínimo, o aumento foi aplicado integralmente. Já para aqueles que recebem acima do mínimo, o ajuste foi proporcional.
Apesar do aumento, salário mínimo ainda é considerado baixo para as necessidades básicas das famílias
Embora o reajuste liberado por Lula represente o terceiro ano consecutivo de aumento com ganho real para trabalhadores e aposentados, especialistas alertam que o valor ainda está aquém do necessário para garantir uma vida digna.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o piso deveria ser de R$ 7.067,68 para suprir adequadamente as despesas de uma família de quatro pessoas, considerando gastos com moradia, alimentação, educação, saúde, transporte e lazer.
A disparidade entre o salário mínimo vigente e o valor considerado ideal evidencia a dificuldade enfrentada pelas famílias de baixa renda em manter um padrão mínimo de qualidade de vida, mesmo com os sucessivos reajustes implementados.