Depois de ter sua condenação por estupro anulada pela Justiça da Espanha, Daniel Alves avalia acionar judicialmente o Pumas, clube mexicano que defendia até ser preso em janeiro de 2023.
O ex-jogador pretende mover processos por danos morais, difamação e demissão sem justa causa, buscando reparação financeira e de imagem.
Pumas pode ser processada por Daniel Alves por danos morais
Daniel Alves é um dos jogadores mais vitoriosos da história do futebol. Atuou por clubes como Sevilla, Barcelona, Juventus, PSG e São Paulo, além da seleção brasileira.
Em julho de 2022, acertou com o Pumas, do México, onde disputou apenas 13 partidas antes de ter o contrato rescindido no início de 2023, quando foi preso preventivamente na Espanha sob acusação de agressão sexual.
A denúncia dizia respeito a um suposto estupro ocorrido em dezembro de 2022, em uma boate de Barcelona. Na ocasião, a vítima afirmou que o jogador a violentou sexualmente no banheiro do estabelecimento.
Em fevereiro de 2023, Daniel Alves foi condenado a quatro anos e meio de prisão. No entanto, o ex-atleta sempre negou a acusação e apresentou versões diferentes do episódio ao longo da investigação.
Na semana passada, o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC) decidiu, por unanimidade, anular a sentença de condenação.
A Corte apontou “inconsistências, contradições e falta de clareza” no depoimento da vítima, além de destacar que algumas alegações foram contraditas por imagens de câmeras de segurança da boate.
Para os magistrados, essas falhas minaram a credibilidade da narrativa apresentada pela acusação, e por isso a condenação deveria ser anulada.
Justiça espanhola não confirma inocência de Daniel Alves, que pede US$ 2 milhões do Pumas
Apesar da revogação da condenação, os juízes deixaram claro que a anulação da pena não equivale a uma confirmação de inocência. Segundo o TSJC, a decisão foi tomada com base na ausência de provas suficientes que superem o princípio da presunção de inocência.
Em outras palavras, o tribunal entendeu que não havia elementos objetivos que justificassem a manutenção da condenação, mas também não confirmou que o crime não ocorreu.
Agora, com o processo criminal anulado, Daniel Alves pretende cobrar do Pumas compensações financeiras, incluindo o pagamento de cláusulas contratuais que teriam sido canceladas na rescisão.
A defesa do jogador pede cerca de 2 milhões de dólares (aproximadamente R$ 11,5 milhões).
Por sua vez, o clube mexicano argumenta que a demissão se deu por justa causa, com base em cláusulas de conduta presentes no contrato.