A Polícia Federal realizou uma operação na última quarta-feira (19) para combater um esquema de fraude bancária contra a Caixa Econômica Federal (CEF).
Vale mencionar que se trata de um golpe que resultou em um prejuízo de mais de R$ 10 milhões aos cofres públicos, envolveu a apropriação indevida das credenciais de gerentes da instituição financeira.
A investigação identificou um grupo criminoso especializado em cancelar averbações de empréstimos consignados, prejudicando servidores públicos e ampliando os lucros ilícitos da quadrilha.
Esquema de fraude na CAIXA
A investigação da Polícia Federal revelou que os criminosos acessavam indevidamente os sistemas da CAIXA utilizando credenciais roubadas de gerentes. Com isso, conseguiam cancelar, de forma ilegal, a averbação de empréstimos consignados contratados por servidores estaduais e municipais.
Em seguida, o grupo entrava em contato com as vítimas oferecendo a quitação de seus empréstimos antigos e a liberação de novos valores, induzindo-as a contrair novas dívidas.
Ao realizar novos empréstimos, os criminosos registravam falsamente os contratos como quitados, permitindo que as vítimas acessassem margens para novos financiamentos. No entanto, os servidores acabavam acumulando dívidas simultâneas, comprometendo ainda mais sua saúde financeira.
O esquema foi operado por uma organização criminosa estruturada, com divisão de tarefas bem definida. Entre as infrações cometidas pelos suspeitos estão estelionato, invasão de dispositivo informático, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro. Caso sejam condenados, os envolvidos podem cumprir até 26 anos de prisão por cada contrato fraudado.
Investigação e desdobramentos da operação
A Operação Not Me foi deflagrada em Belo Horizonte (MG) e Salvador (BA), onde foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Minas Gerais e três na Bahia. No total, 21 pessoas estão sendo investigadas por integrarem a quadrilha.
A ação da Polícia Federal também apurou um caso relacionado em Indaiatuba (SP), onde um correntista da CAIXA teve sua conta movimentada fraudulentamente em cerca de R$ 40 mil. A investigação desse episódio resultou na prisão preventiva do líder do esquema, que já possuía 11 processos criminais por estelionato.