Um estudo recente divulgado pela NASA aponta que diversas regiões do Brasil podem se tornar inabitáveis nas próximas cinco décadas. O motivo: a combinação entre calor extremo e alta umidade, agravada pelas mudanças climáticas.
As áreas mais ameaçadas incluem estados das regiões Centro-Oeste, Norte e Sudeste, onde as temperaturas já vêm subindo de forma significativa.
Quando o calor passa a ser perigoso
Segundo os cientistas, não é apenas a temperatura do ar que importa, mas a interação entre o calor e a umidade relativa. Quando os termômetros marcam 37 °C ou mais e a umidade supera os 70%, o risco à saúde humana aumenta consideravelmente.
Mesmo pessoas saudáveis podem sofrer consequências graves se expostas por longos períodos a essas condições. Nesses casos, o corpo humano tem dificuldade para se resfriar, o que pode levar à exaustão térmica ou até à morte.
Brasil já sente os efeitos
A NASA mapeou a evolução do calor extremo no país ao longo das últimas décadas. Desde 1984, áreas marcadas em vermelho nos mapas — indicativas de temperaturas elevadas — têm se expandido, principalmente no centro do país, com avanço para o Sul e até em direção aos Andes.
Esse processo de intensificação térmica mostra uma tendência alarmante, que aponta para a crescente inviabilidade de se viver em algumas dessas regiões, caso o aquecimento continue no ritmo atual.
Um problema global
A ameaça não se restringe ao Brasil. Nos Estados Unidos, por exemplo, estados como a Califórnia enfrentam ondas de calor mais severas e incêndios florestais cada vez mais frequentes. O mesmo ocorre no norte da África, onde o aumento da temperatura tem alterado drasticamente o clima local.
Esses dados reforçam a urgência de ações efetivas contra as mudanças climáticas, tanto em âmbito nacional quanto global.