As pastas dentais são itens tão presente na rotina quanto o café da manhã. Quase sempre a escolha acontece de forma automática: pegamos o tubo na prateleira da farmácia ou supermercado e seguimos com a escovação sem pensar muito no que está por trás da fórmula.
Mas um episódio recente envolvendo um produto conhecido acendeu um sinal de alerta para algo que quase nunca consideramos — a possibilidade de efeitos adversos causados por um item tão comum.
Esses são os cuidados que você precisa ter com as pastas dentais
Na última semana de março, a Anvisa suspendeu temporariamente a comercialização de todos os lotes do creme dental Colgate Total Clean Mint.
A decisão, embora tenha sido revertida horas depois, teve um efeito imediato: levantou o debate sobre a segurança dos ingredientes usados em pastas dentais e produtos de higiene oral e a importância de ficar atento a sinais que o corpo pode dar, mesmo com produtos de uso cotidiano.
Segundo as orientações do Ministério da Saúde, o uso diário de pastas dentais com flúor é essencial para prevenir cáries. A substância é eficaz na proteção contra a perda de minerais nos dentes e deve estar presente em concentração mínima de 1.000 ppm (partes por milhão).
No entanto, o que mais importa, segundo o órgão, é a frequência de uso — ao menos duas vezes ao dia — e não o volume de pasta usado na escova.
A Anvisa, por sua vez, reforça que cremes dentais são produtos seguros quando utilizados corretamente. Mas alerta que, em casos específicos, certas formulações podem provocar reações.
Produtos com fluoreto de estanho, por exemplo, embora reconhecidos por sua ação antimicrobiana, têm sido associados a sintomas como queimação, vermelhidão, bolhas e desconforto na mucosa bucal.
Diante desses sinais, a recomendação é suspender o uso dessas pastas dentais e buscar orientação médica ou odontológica.
Pastas dentais da Colgate causaram reações em usuários
Foi justamente a presença desse composto que levou à investigação do creme dental da Colgate. Após relatos de consumidores sobre irritações bucais, a agência decidiu agir preventivamente.
Apesar de a empresa alegar que o produto é seguro, mas que algumas pessoas podem ser sensíveis à fórmula, o caso ressaltou a necessidade de rotulagem clara, acompanhamento profissional e canais de denúncia acessíveis.
Em um mercado cheio de opções, a escolha da pasta dental deve ir além da embalagem ou da promessa no rótulo. Saber o que se está usando é, mais do que nunca, uma questão de saúde.