O Banco Central está preparando a estreia de uma nova etapa no sistema financeiro brasileiro: a moeda digital Drex.
A notícia vem despertando curiosidade e dúvidas entre os brasileiros, especialmente sobre seu impacto no dia a dia e, principalmente, se o Drex irá substituir ferramentas já consolidadas, como o PIX.
A confusão é compreensível: a chegada de um novo formato de dinheiro sempre levanta questões sobre o que muda, o que permanece e como a população será afetada.
Drex vai acabar com o PIX? Saiba quando chega moeda digital
Antes de mais nada, é importante esclarecer: Drex não é uma versão futurista do PIX, tampouco o fim dos meios tradicionais como o papel-moeda.
Trata-se de uma moeda digital emitida diretamente pelo Banco Central, com lastro no real — ou seja, cada Drex vale exatamente o mesmo que um real físico ou digital já utilizado hoje em contas bancárias.
A grande diferença está na estrutura tecnológica: o Drex será operado sobre uma rede baseada em DLT (tecnologia de registro distribuído), o que permite registrar transações com segurança, rastreabilidade e potencial para automação, tudo isso sob controle do próprio BC e instituições autorizadas.
O Drex, portanto, não substitui o PIX. O PIX continuará sendo uma ferramenta de pagamento ágil entre pessoas, empresas e governos. O que muda é a camada adicional de funcionalidades que a novidade traz.
A nova moeda digital não é apenas uma nova forma de dinheiro, mas uma plataforma capaz de executar operações financeiras complexas de forma automática, como empréstimos com garantias digitais, transferências condicionadas e até transações internacionais com menos burocracia.
Mas qual será o objetivo do Drex na prática?
Na prática, o Drex permitirá automatizar processos que hoje exigem múltiplas etapas e envolvem diferentes instituições.
Um exemplo concreto é a compra de veículos financiados, que hoje pode levar dias devido à necessidade de quitação de dívidas, transferências de propriedade e emissão de novos registros.
Com o uso de contratos inteligentes — pequenos programas que executam condições previamente definidas —, esse processo poderá ser instantâneo, seguro e com menos custo.
Apesar do entusiasmo, o lançamento ainda não tem data exata. O Banco Central previa o início para o fim de 2024, mas adiou por causa de desafios técnicos, especialmente ligados à privacidade dos usuários.
Atualmente, o projeto se encontra em nova fase de testes. Até lá, o PIX segue firme — e o Drex, como complemento, promete transformar a base do sistema financeiro brasileiro.