Muitos deixam de incluir o peito de frango em suas receitas por acreditarem que a carne tende a ficar seca e com uma textura pouco agradável, comparável à de uma sola de sapato. No entanto, esse aspecto não está, necessariamente, relacionado ao tempero ou ao tempo de cozimento. Um fator decisivo para a suculência do prato é a forma como o peito de frango é cortado antes de ir ao fogo.
Essa parte da ave é composta por fibras musculares longas, dispostas como fios paralelos. O modo como a faca percorre essas fibras — se a favor ou contra elas — influencia diretamente na textura da carne após o preparo. Cortes feitos no sentido contrário às fibras quebram essas estruturas, resultando em pedaços mais macios e fáceis de mastigar.
Cortes de frango
Ao cortar o peito de frango no mesmo sentido das fibras musculares, elas permanecem intactas, o que torna a carne mais rígida e difícil de mastigar. Por outro lado, ao fatiar no sentido oposto às fibras, essas estruturas são fragmentadas, resultando em pedaços mais macios, suculentos e que se desfazem com facilidade na boca. Essa técnica não só melhora a experiência ao paladar, como também facilita a digestão e favorece a absorção dos nutrientes, contribuindo para uma alimentação mais saudável.
A escolha do tipo de corte do peito de frango deve considerar o preparo desejado, pois cada formato atende melhor a diferentes receitas:
- Filés finos: indicados para grelhados e empanados; cozinham rápido e de forma uniforme.
- Cubos: ideais para ensopados, estrogonofes e pratos que exigem pedaços uniformes.
- Tiras: recomendadas para saladas, wraps e pratos orientais, como frango xadrez.
- Desfiado: perfeito para recheios, tortas e preparos cremosos; feito com frango cozido e desfiado com garfos ou batedeira.
Cuidados adicionais
Para garantir um bom preparo, alguns cuidados são indispensáveis. Usar uma faca afiada permite cortes precisos, enquanto uma tábua firme oferece estabilidade e segurança. Secar o frango com papel-toalha evita que ele escorregue durante o manuseio. O ideal é cortá-lo ainda resfriado, pois isso facilita o processo; já o congelado dificulta a regularidade dos pedaços.
Evite lavar a carne crua, pois isso pode espalhar bactérias pela cozinha — o cozimento é suficiente para eliminá-las. Após o corte, armazene-lo em recipiente fechado, sob refrigeração, e consuma em até dois dias para manter a qualidade e a segurança alimentar.