Pesquisadores anunciaram a possível presença de sinais de vida em um planeta fora do nosso sistema solar. O planeta, chamado K2-18b, está localizado a 124 anos-luz da Terra. Ele orbita uma estrela anã vermelha e está em uma zona habitável, onde as temperaturas permitem a existência de água líquida.
A descoberta foi feita com base em observações da atmosfera do planeta. Cientistas identificaram sinais de dois gases: dimetil sulfeto (DMS) e dimetil dissulfeto (DMDS). Na Terra, esses gases são liberados por microrganismos marinhos, como algas e cianobactérias.
Gases podem indicar atividade biológica
A presença dos gases levantou a hipótese de que o planeta possa abrigar vida microbiana. Mas os próprios cientistas alertam: ainda é cedo para tirar conclusões. Esses compostos podem ter origem não biológica, e mais análises são necessárias para confirmar os dados.
Mesmo assim, o entusiasmo com a descoberta é grande. Se confirmada, a presença de vida em outro planeta seria um marco histórico. Mas é importante lembrar que, até agora, tudo é especulação.
Como é o planeta K2-18b?
K2-18b é maior que a Terra e pode ter uma superfície coberta por oceanos. Sua atmosfera é rica em hidrogênio, o que o classifica como um planeta do tipo “hiceano”. Isso significa que ele pode ter condições semelhantes às da Terra primitiva, antes mesmo da existência de oxigênio na atmosfera.
Apesar de distante, o planeta se tornou um alvo importante na busca por vida fora do nosso mundo.
A importância das cianobactérias
Na Terra, as cianobactérias foram fundamentais para a evolução da vida. Há cerca de 2,7 bilhões de anos, esses microrganismos passaram a realizar fotossíntese e liberar oxigênio. Esse processo transformou a atmosfera terrestre e abriu caminho para formas de vida mais complexas.
Se gases como DMS e DMDS forem mesmo detectados em outro planeta, a explicação mais próxima que temos é essa: a presença de organismos similares às antigas cianobactérias. Nesse caso, sim, estaríamos diante de uma verdadeira revolução científica.