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Caixão que se decompõe junto do cadáver pode mudar o mundo

Por Karoline Calumbi
03/05/2025
Em Colunas, Mais Tendências
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Caixão que se decompõe junto do cadáver pode mudar o mundo - Foto: Reprodução/loop-biotech.com

Caixão que se decompõe junto do cadáver pode mudar o mundo - Foto: Reprodução/loop-biotech.com

O Green Burial Council, referência global em enterros sustentáveis, afirma que as práticas funerárias convencionais têm um alto custo ambiental, desde o uso de madeira e metais até a emissão de poluentes no solo e na atmosfera.

Em resposta a esse cenário, startups como a holandesa Loop Biotech estão apresentando alternativas ecológicas com potencial para transformar radicalmente o setor funerário.

A empresa desenvolveu o “Living Cocoon”, um caixão feito de micélio, estrutura vegetativa dos cogumelos, que se decompõe completamente em até seis semanas após o sepultamento, contribuindo diretamente para a regeneração do solo.

A inovação sustentável do caixão de micélio

Criado por Bob Hendrikx e cultivado em laboratório na cidade de Delft, na Holanda, o Living Cocoon representa um avanço no conceito de funerais ecológicos.

Isso porque, diferentemente dos caixões de madeira tradicionais, que podem levar até 20 anos para se decompor, o modelo de micélio contribui com a decomposição do corpo e devolve seus nutrientes ao solo em menos tempo, acelerando os processos naturais com impacto ambiental reduzido.

Vale mencionar que, além do micélio, a estrutura do caixão inclui fibras vegetais como cânhamo e ingredientes naturais secretos. Em apenas sete dias, a mistura é moldada para formar um casulo leve e resistente, pesando no máximo 66 kg, uma fração do peso de caixões convencionais, que podem atingir até 300 kg.

Outro detalhe importante é a presença de musgos com microorganismos ativos na base do caixão. Eles auxiliam na decomposição do corpo e fortalecem o ecossistema do solo.

Impacto ambiental e futuro do setor funerário

De acordo com dados do Green Burial Council, os Estados Unidos consomem mais de 15 milhões de litros de fluido de embalsamamento por ano, substâncias que incluem formaldeído, altamente tóxico ao meio ambiente. Já a cremação, embora popular, emite gases do efeito estufa e metais pesados, como o mercúrio presente em obturações dentárias.

Com isso, alternativas sustentáveis como o caixão de cogumelo ganham relevância. Além do Living Cocoon, a Loop oferece também urnas biodegradáveis por preços mais acessíveis, fomentando uma cultura de despedida alinhada à preservação ambiental.

O produto, vendido por cerca de US$ 1.700 (aproximadamente R$ 8.500), já foi utilizado em mais de 100 enterros na Holanda, Alemanha e Bélgica. Ainda que o mercado funerário seja tradicional e resistente a mudanças, empresas e entidades já discutem novas diretrizes para incentivar práticas mais verdes.

Karoline Calumbi

Karoline Calumbi

Jornalista pela UFRRJ, universidade da baixada do Rio de Janeiro. Apaixonada pela profissão e dedicada em diariamente informar e entreter os leitores.

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