A Anvisa chama a atenção da população para os cuidados necessários ao utilizar pomadas capilares, que são produtos empregados na fixação, modelagem e trança de cabelos. O monitoramento da Agência aponta que a maior parte dos casos de irritação ocular acontece nos meses de janeiro e fevereiro, período em que o uso dessas substâncias cresce, sobretudo durante as festividades de Carnaval.
Nos últimos dois anos, a Anvisa cancelou a autorização de aproximadamente 1.500 pomadas e implementou regulamentações mais rigorosas para sua venda, resultando na diminuição de reações adversas. Apesar dessas medidas, ainda há riscos, especialmente associados a produtos sem regularização.
Cuidados com as pomadas
Para preservar a saúde, utilize somente pomadas capilares aprovadas pela Anvisa, consultando a lista oficial. Sempre verifique o rótulo e siga as instruções do fabricante, aplicando o produto com moderação. Mantenha-o longe dos olhos, pois o contato pode provocar irritações severas. Ao lavar os cabelos, incline a cabeça para trás para evitar que o produto escorra para o rosto. Caso tenha irritação prévia na pele ou no couro cabeludo, adie a aplicação.
Se o produto entrar em contato com os olhos, enxágue-os imediatamente com água corrente por pelo menos 15 minutos. Caso apareçam sintomas como dor, vermelhidão, inchaço ou alteração na visão, busque atendimento médico sem demora. Armazene a pomada de forma adequada e evite misturá-la com outras substâncias, pois isso pode provocar reações indesejadas.
Denúncia
Se encontrar um produto irregular, informe a Vigilância Sanitária do seu município. Caso tenha alguma reação adversa após o uso, registre a ocorrência nos canais oficiais da Anvisa, como LimeSurvey, Notivisa e e-Notivisa. Para auxiliar nas investigações, fotografe a embalagem e anote as informações do fabricante.
Produtos que não constam na relação de autorizadas são considerados ilegais e podem sofrer sanções conforme a Lei 6.437/1977 e a Resolução RE 3.566/2023. A Anvisa mantém a fiscalização do mercado e incentiva os consumidores a relatar quaisquer reações adversas, ajudando a garantir a segurança dos produtos comercializados no país.