Em fevereiro de 2025, o Brasil contabilizou 1.819 focos de incêndio, marcando uma queda de 60,1% em comparação com fevereiro de 2024, quando o número foi de 4.566 focos. A região do Cerrado foi a mais afetada, com 634 focos, o que corresponde a 34,9% do total registrado.
Mato Grosso registrou o maior número, com 239 focos, seguido de perto por Bahia (227) e Minas Gerais (186). Os seis biomas brasileiros foram impactados, com a Mata Atlântica apresentando o segundo maior número de focos, somando 466 ocorrências, o que representa 25,6% do total. Em janeiro de 2025, o Brasil já enfrentava 3.137 focos de incêndio.
Focos de incêndios
Em 2024, o Brasil registrou 278.299 focos de incêndio, o que representa um aumento de 46,5% em comparação com 2023, quando foram contabilizados 189.901 focos. Esse crescimento aconteceu durante uma seca histórica, a mais intensa dos últimos 75 anos, de acordo com o ICMBio.
A área destruída aumentou 79%, alcançando 30.867.676 hectares, o que é maior que a extensão territorial da Itália. Desse total, 73% eram de vegetação nativa, sendo 25% de florestas, enquanto as pastagens representaram 21,9%. Além disso, os incêndios de 2024 tiveram um impacto considerável em outras regiões da América do Sul, que registrou 511.575 focos, um aumento de 48% em relação ao ano anterior.
Áreas afetadas em 2024
O Brasil liderou o número de incêndios na região, e o primeiro semestre de 2024 foi o pior para a Amazônia em duas décadas. Entre janeiro e novembro de 2024, os incêndios atingiram 297.680 km² do território nacional, uma área maior que o Rio Grande do Sul ou três vezes o tamanho da Coreia do Sul.
- Amazônia: Registou 140.328 focos, o maior número desde 2007, com um aumento de 42% em relação a 2023. A maioria dos incêndios foi provocada pela ação humana, especialmente em áreas desmatadas.
- Cerrado: Houve um aumento de 60%, com 81.432 focos registrados. No Cerrado, o fogo pode ocorrer de maneira natural.
- Pantanal: Registrou o maior crescimento de queimadas, com 14.498 focos, um aumento de 120% em comparação com o ano anterior.
- São Paulo: O estado viu um aumento de 423%, com 8.702 focos.
O fenômeno climático El Niño de 2023 e 2024 contribuiu para esse cenário, gerando temperaturas recordes e alterações no regime de chuvas, o que fez com que as queimadas começassem mais cedo do que o habitual.