Uma misteriosa doença tem causado preocupação na República Democrática do Congo (RDC), após a morte de 53 pessoas em um curto intervalo de tempo.
Os surtos ocorreram em vilarejos isolados da província do Equador e estão sendo investigados por especialistas em saúde.
Os primeiros casos surgiram em janeiro, mas o avanço da doença tem sido rápido, aumentando o alerta das autoridades sanitárias.
53 pessoas morrem em 48 horas devido a doença desconhecida
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a enfermidade ainda não foi identificada, mas apresenta sintomas preocupantes, como febre alta, vômitos, dores no corpo e diarreia severa.
A evolução dos casos da doença ainda desconhecida tem sido extremamente acelerada, com muitas vítimas falecendo em menos de 48 horas após o início dos sintomas.
As regiões mais afetadas são os vilarejos de Boloko e Bomate, onde os surtos foram registrados em períodos distintos.
O primeiro foco foi detectado em Boloko no dia 12 de janeiro, resultando em 12 casos e oito mortes.
Já o segundo surto, ocorrido no vilarejo de Bomate, foi identificado em 9 de fevereiro e apresentou um crescimento alarmante, com 419 infectados e 45 óbitos.
Origem da doença ainda é desconhecida e investigações seguem
As equipes médicas enviadas à região estão analisando possíveis causas, incluindo doenças conhecidas como malária, febre tifoide e meningite.
Testes laboratoriais descartaram infecções por Ebola e pelo vírus de Marburg, ambos responsáveis por surtos anteriores no continente africano.
No entanto, ainda não há uma conclusão definitiva e oficial sobre a origem da enfermidade.
Uma das hipóteses levantadas envolve a transmissão zoonótica, ou seja, a possível infecção por meio do contato com animais selvagens.
Isso porque relatos indicam que três crianças de um dos vilarejos adoeceram após consumir carne de morcego, um fator que pode ter relação com o surgimento da doença, apesar de nada ter sido confirmado oficialmente.
Vale lembrar que, apesar de incomum no Brasil, o consumo de animais silvestres é normal na região, onde a escassez de carne de criação leva os habitantes a buscar alternativas na fauna local.
Com a rápida disseminação dos casos da doença e a limitação da infraestrutura médica nos vilarejos afetados, os médicos e as autoridades alertam para o risco de novas mortes e a necessidade de reforçar o monitoramento epidemiológico.
Enquanto as investigações continuam, a prioridade é impedir que a doença se espalhe para outras áreas e garantir o atendimento adequado às comunidades atingidas.