O litoral da província de Buenos Aires, na Argentina, tem chamado a atenção de moradores, turistas e especialistas e o motivo é o que mais surpreende: a tonalidade avermelhada das praias argentinas, principalmente, em cidades como Mar del Plata e Necochea.
Vale mencionar que, apesar de diferente, esse é um fenômeno natural que que vem despertando a curiosidade dos turistas e preocupação de pesquisadores..
O que causou a coloração avermelhada nas praias argentinas?
De acordo com o Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Pesqueiro (Inidep), a mudança na coloração da água está relacionada a um evento conhecido como “arribazón”.
Esse fenômeno ocorre quando grandes quantidades de algas são desprendidas do fundo do oceano e levadas até a superfície por correntes marítimas intensas. Entre as espécies identificadas estão as algas vermelhas Anotrichium furcellatum e Callithamnion sp, além da alga verde Bryopsis plumosa.
Isso porque fatores naturais, como tempestades, ventos fortes e o envelhecimento dessas plantas marinhas, podem desencadear a liberação dessas algas em grande escala. Apesar do impacto visual e do desconforto gerado para os banhistas, especialistas garantem que não há risco para a saúde humana ou para o ecossistema marinho.
Ainda assim, é recomendado evitar o contato direto com as algas e, obviamente, não ingeri-las.
Como fica o turismo e previsão para os próximos dias
Vale mencionar que o fenômeno tem causado impactos na experiência dos turistas. Muitos relataram dificuldades para aproveitar as praias, já que precisavam atravessar camadas espessas de algas para chegar à água.
Além disso, o cheiro desagradável exalado pelas algas em decomposição tem sido um incômodo, especialmente com as altas temperaturas que superaram os 34°C e chegaram a uma sensação térmica de 40°C.
Outro detalhe importante é que, em algumas praias, a concentração de algas foi tão grande que cobriu praticamente toda a superfície do mar. Apesar de eventos similares terem ocorrido em anos anteriores, a magnitude deste surpreendeu os especialistas.
As autoridades municipais de Mar del Plata e Necochea iniciaram operações de remoção das algas com equipamentos mecânicos e caminhões para reduzir os impactos nas praias mais afetadas.
Além disso, a previsão do tempo para os próximos dias indica mudanças nas condições meteorológicas. Ventos fortes podem ajudar a dispersar as algas e restaurar a paisagem típica do litoral argentino.
Enquanto isso, comerciantes e donos de estabelecimentos à beira-mar seguem apreensivos, temendo que o fenômeno afete o fluxo de turistas e, consequentemente, a economia local.
