Em noites de céu límpido, o horizonte estrelado lembra um mosaico repleto de pequenas gemas reluzentes, simbolizando o encanto eterno que as estrelas despertam na humanidade. O brilho que parece pulsar e oscilar não é uma característica das próprias estrelas, mas sim um efeito gerado pelas turbulências na atmosfera terrestre. Essas instabilidades desviam a luz estelar em diferentes direções, criando para os observadores no solo a ilusão de que as estrelas estão piscando.
Os astros não piscam de fato, mas a luz que emitem, ao atravessar vastas distâncias até chegar aos nossos olhos, sofre alterações provocadas pela atmosfera terrestre, criando essa ilusão visual. Esse efeito, somado à imensidão dos números e dimensões do cosmos, intensifica o mistério e a magnificência do céu estrelado.
Como não piscar?
Localizados fora da atmosfera terrestre, telescópios como o Hubble são capazes de obter imagens mais nítidas e precisas, já que estão livres dos efeitos de refração que afetam as observações feitas a partir do solo. Essa posição privilegiada permite revelar detalhes impressionantes dos corpos celestes, contribuindo significativamente para o avanço do nosso entendimento sobre o universo.
Uma curiosidade interessante é que nem todos os pontos de luz no céu estão piscando. Aqueles que permanecem estáveis a olho nu são, na maioria das vezes, planetas. Devido à sua proximidade e tamanho maior em comparação com as estrelas, os planetas refletem a luz de forma mais uniforme, o que os torna menos afetados pelas distorções causadas pela atmosfera terrestre.
Variações de estrelas
As estrelas também apresentam variações em brilho e intensidade. Exemplos de algumas das mais luminosas incluem Sirius, Canopus e Betelgeuse. Por outro lado, os astros de maior tamanho, como a VY Canis Majoris, são notáveis por suas proporções gigantescas. Esta hipergigante, por exemplo, possui um diâmetro que é mais de duas mil vezes maior que o do Sol e seria capaz de abrigar bilhões de planetas do tamanho da Terra dentro de seu volume.
O número total de estrelas no universo é simplesmente impressionante. Na Via Láctea, estima-se que existam entre 100 e 200 bilhões de estrelas. Ao incluir as aproximadamente 100 bilhões de galáxias espalhadas pelo cosmos, o total de estrelas chega a um número inimaginável: um septilhão.