Abin polarizada

Por Leandro Mazzini, com Walmor Parente, Carol Purificação e Isabele Mendes

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A polarização política – entre as hostes do presidente Lula da Silva (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – contaminou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O clima é tão tenso que já houve até discussão acalorada, com viés político, na antessala do chefe ‘progressista’ Luiz Fernando Corrêa, ex-diretor da PF no Governo Lula II. Já a ala bolsonarista é guiada por Alessandro Moretti, diretor-adjunto, amigo da encrencada família do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os dois servidores da Abin demitidos no ano passado – após operação da Polícia Federal que revelou o uso de sistemas de GPS para rastrear celulares sem autorização judicial -, também eram alinhados ao ex-diretor bolsonarista da Abin Alexandre Ramagem.

Pito tucano

O presidente do PSDB, Marconi Perillo, não quer saber de deputados e senadores do partido criticando o ministro Alexandre de Moraes, que era filiado ao partido antes de assumir cadeira no STF. Além do pito, Perillo deixa claro que eventuais declarações ou posicionamentos em relação Moraes “são de caráter estritamente pessoal”. É o mesmo recado do deputado Aécio Neves (MG), presidente do Instituto Teotônio Vilela.

Gilbertinho no Senado?

Discreto e conselheiro do presidente Lula da Silva, o ex-chefe de gabinete da Presidência Gilberto Carvalho celebrou em sua casa bucólica, em Brasília, 73 anos ao lado da família e amigos de movimentos sociais. Surgiu o bordão: “Gilbertinho no Senado”. A ideia do grupo é lançá-lo, em 2026, pelo Distrito Federal. O presidente Lula da Silva também é um entusiasta da candidatura do amigo.

Pe. Kelmon em SP

O ex-candidato à Presidência da República em 2022 Padre Kelmon decidiu concorrer à Prefeitura de São Paulo pelo PTB. Já até improvisou o lema da campanha: “A força dos cristãos contra os comunistas”. Em tempo: em dezembro de 2022, após as eleições presidenciais, ele foi desligado da Igreja Ortodoxa do Peru no Brasil.

Foragidos

Auditores fiscais do trabalho pressionam autoridades para que reforcem buscas aos dois foragidos condenados como mandantes da chacina de Unaí: Norberto Mânica e Hugo Pimenta. Já se reuniram com o PGR, Paulo Gonet, e aguardam encontro com o novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Eles relatam que as agressões continuam à classe dos fiscais em serviço.

Mais capítulos?

A operação “Capa Dura” da PF no Rio Grande do Sul, que investiga compras de livros superfaturados pela prefeitura de Porto Alegre, é acompanhada com atenção em Alagoas. Uma das investigadas, a Inca Tecnologia de Produtos e Serviços, fechou contratos de mais de R$ 50 milhões com o Governo alagoano para fornecer livros no período em que o secretário de Educação era o atual deputado federal Tio Rafa (MDB).

Leandro Mazzini

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