No aperto

Por Leandro Mazzini

A 11 dias da eleição, os cenários para a única vaga ao Senado federal vão se desenhando nas intenções de votos com surpresas em algumas regiões. No Distrito Federal, duas ministras do presidente Jair Bolsonaro duelam pelo voto da Casa Alta, com vantagem para Flávia Arruda (PL). Mas ela vê dia a dia a queda forte da diferença para a segunda colocada nas pesquisas, Damares Alves (Republicanos). No Paraná, o antes líder Alvaro Dias (Podemos), que tenta a reeleição, já se vê em empate técnico com o ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro (UB) – que em algumas sondagens aparece na frente do ex-padrinho. Hoje estão rompidos. No Rio Grande do Sul, o general e vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) vê Ana Amélia (Progressistas) na sua cola. Será outra disputa tensa, sem favorito. No cenário nacional, enquanto o Ipec (ex-Ibope) aumenta a diferença de Lula da Silva (PT) para Bolsonaro (PL), a Paraná Pesquisas, que pouco tem errado cenários nos últimos anos, divulgou ontem nova sondagem nacional com o presidente perto do petista, com apenas quatro pontos de diferença.

Autofagia bolsonarista

Uma curiosa guerra de listas ronda os grupos de WhatsApp. Apoiadores de Bolsonaro soltaram num dos maiores grupos do aplicativo em Brasília uma primeira lista com nomes de candidatos à Câmara e Senado que apoiam a reeleição do presidente. A lista circula e a cada hora surge uma editada, com novos nomes em lugar de outros. No Piauí, os nomes se alternam entre os candidatos ao Governo Diego Melo (PL) e Silvio Mendes (UB). Em Goiás, no caso do Senado, entre João Campos (Republicanos) e Wilder Morais (PL). No DF, entre Ibaneis (MDB) e Coronel Moreno (PTB). Ainda em Brasília, os nomes mais citados são Flávia Arruda x Damares, e para a Câmara dos Deputados, Bia Kicis (PL) x Professor Paulo Fernando (Republicanos).

Olho nas contas

Não é por discurso eleitoreiro que os candidatos à Presidência têm alertado para um ano difícil em 2023, com austeridade e aperto fiscal. É fato consumado desde já. O endividamento das famílias brasileiras chegou a 79% em agosto, maior índice registrado desde 2010, de acordo com a pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Segundo o levantamento, 22% dos brasileiros têm mais de 50% dos rendimentos comprometidos. Olho nas contas.

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Renan x Collor

Alagoas vive uma reedição antiga da disputa de clãs pelo poder estadual. O senador Renan Calheiros (MDB) é um dos principais críticos do presidente Jair Bolsonaro. Mas Renan poupa o candidato de Bolsonaro em Alagoas, o senador Fernando Collor (PTB). Porque Collor é, dentre os principais candidatos ao Governo, o que tem a maior rejeição. Em outras palavras: é o candidato mais fácil de ser batido pelo candidato de Renan, o governador-tampão, Paulo Dantas, num eventual segundo turno.

Porto$ cheio$ 

Os PORTOS BRASILEIROS estão “a todo vapor”. Segundo o Painel Estatístico da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), julho fechou com saldo positivo com aumento de 2,23% nas movimentações de cargas, em comparação com o mesmo período de 2021, totalizando 109,7 milhões de toneladas. Destaque para carga geral, com crescimento na movimentação de 8,33%, devido ao aumento da demanda de celulose (13,7%), do minério de ferro (2,9%) e do milho (54,2).

Cotas

Bolsonaro e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), andam juntinhos, mas nem tanto. Enquanto o Governo federal é acusado de racismo por ter mexido nos concursos públicos para reduzir o número de negros aprovados, o Estado ampliou para 2081 o prazo de validade das cotas para negros e indígenas.

Leandro Mazzini

Leandro Mazzini

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