Lula prepara uma minirreforma na Esplanada pela governabilidade. A engenharia tratada por ora, segundo grãos petistas, ficou assim: o PT não abre mão do Ministério da Saúde – sonho de Lira e seu grupo –, e topou entregar o Ministério do Desenvolvimento Social e a Caixa para o Progressistas. Assim atende Lira, seu grupo suprapartidário de 200 deputados, e o seu partido, até ontem aliado do ex-presidente Bolsonaro. Ciro se esconde, mas avalizada a bancada. As trocas sugeridas: Alexandre Padilha sai do Palácio e assume a Saúde. Para seu lugar vai Wellington Dias, que deixa o Ministério do Bolsa Família para um indicado do Centrão de Lira. A Caixa fica com a dupla Lira-Ciro. Mas eles não se entenderam ainda sobre o nome a emplacar. Lira quer Adeilson Cavalcante, ex-secretário executivo no Ministério da Saúde do ministro Gilberto Occhi (Governo Temer). Mas Ciro Nogueira quer na presidência do banco o próprio Occhi.
Bancada ‘da bala’
Cresce número de parlamentares circulando com seguranças dentro do Congresso. Além de Eduardo Bolsonaro, a deputada Rosângela Moro e o marido, senador Sergio, andam com policiais legislativos armados dentro e fora do Congresso. Quando deputado, Marcelo Freixo circulava com dois agentes – que entravam atrás dele até no toilet.
Filão do poste
Empreiteiras e consórcios de investidores descobriram um novo filão nos municípios, depois da concessão do saneamento. A Prefeitura de Barreiras, no cinturão do agronegócio na Bahia, decidiu conceder por R$ 45 milhões a manutenção da sua rede de iluminação pública. A Ilumina Barreiras, lá do Paraná, venceu a licitação.
Xandão
A ação intempestiva de três brasileiros no aeroporto de Roma contra o ministro Alexandre de Moraes só fortaleceu o togado, a despeito dos elogios e críticas à sua postura nos inquéritos que toca no STF. É que por trás da toga existe o ser humano. E esqueceram disso. E também da lei. Serão enquadrados.
Nova cara do MDB
A participação da ministra do Planejamento, Simone Tebet, nas audiências para a definição do Plano Plurianual 2024-2027 do Governo, está agradando à direção do seu partido, o MDB. Pesquisa encomendada pela sigla revela que a ministra se consolidou como um nome nacional – e também renova a imagem do velho MDB.
PT x REDE
A exploração de petróleo e gás no estuário do Amazonas será motivo de uma nova crise entre o PT do presidente Lula da Silva e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, da Rede Solidariedade. Mais pragmáticos, ministros, dirigentes, deputados e senadores petistas aceitam e minimizam os riscos que a atividade pode trazer. Os ambientalistas da Rede são contra. O tema voltará ao debate no Congresso no segundo semestre.