Dia 22 de dezembro, o ex-ministro Neri Geller (PP-MG) foi nomeado Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. Ok, mas penou para ver seu nome no Diário Oficial. A ministra da Casa Civil interina, Miriam Belchior, se negou a assinar o ato de nomeação. Alegava que Geller foi preso em 2018 na Operação Capitu. Porém, ele foi absolvido, pelo menos pelo TSE, em dezembro. O presidente Lula da Silva fez consultas e recebeu devolutivas de que o inquérito policial foi arquivado por falta de provas, ou seja, não tinha nem processo como alegava a ministra. Geller, já nomeado no MAPA, é potencial futuro ministro da Agricultura se Carlos Fávaro perder o posto na iminente minirreforma.
Lula no BC
Alvo de críticas do presidente Lula da Silva ao longo de 2023 por conta da taxa Selic, a cúpula do Banco Central conta, desde ontem, com quatro indicados pelo petista. Além de Gabriel Galípolo (Política Monetária) e Ailton de Aquino (Fiscalização), integram o time alinhado ao Planalto os economistas Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira. O mandato do presidente, Campos Neto, se encerra em dezembro.
Caixa zerado
Os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação; do Desenvolvimento Agrário e das Mulheres fecharam o ano com caixa praticamente zerado para despesas de manutenção e execução de políticas, como enfrentamento à violência contra mulheres. O socorro emergencial partiu do Congresso, que aprovou – a toque de caixa – R$ 25,8 milhões em crédito especial. Avisado, o presidente Lula da Silva correu para sancionar os projetos.
Lista de Gayer
Professores de universidades querem que o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) seja alvo de processo por supostamente ter acusado pessoas e instituições de serem simpatizantes do Hamas. A representação foi protocolada na presidência da Câmara e aguarda despacho do presidente Arthur Lira (PP-AL). O parlamentar enviou, no ano passado, ofício à Embaixada dos Estados Unidos com 132 nomes de ativistas e docentes que apoiariam o grupo terrorista.
Mais um veto
O presidente Lula da Silva voltou a contrariar decisão do Congresso Nacional ao vetar trechos a Lei de Diretrizes Orçamentárias (Lei 14.791/23) aprovada no fim de dezembro. Orientado pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento, o petista vetou o cronograma obrigatório para executar emendas parlamentares individuais e de bancadas. O projeto aprovado previa prazo de até 30 dias para o empenho das emendas obrigatórias.
Operação padrão
O Governo vai enfrentar nos próximos dias uma série de movimentos – ameaças de greve e operação padrão – de trabalhadores descontentes com o que chamam de ‘descaso’ por parte do Ministério da Gestão e da Inovação. Servidores do Ibama agendaram assembleia para o dia nove para confirmar a operação padrão. E servidores do Banco Central vão fazer paralisação de 24 horas no próximo dia 11.