Fala Quem Sabe: O chamamento de Jesus
O fenômeno “Mister Jesus” vem tirando o sono de muita gente, principalmente dos ultrapassados treinadores brasileiros. O assunto ecoa por todo lugar: imprensa, jogadores, dirigentes e torcedores só falam no português Jorge Jesus que realiza excelente trabalho no Flamengo. Qual a fórmula?
É só o 4-1-3-2? Não! Simplicidade, muito trabalho, competência e liberdade. E, claro, “ganhou o vestiário”. Após o “tsunami” rubro-negro sobre o Grêmio, jogadores revelaram a receita: o treinador dá liberdade e quer os atletas atuando com alegria. O cara pegou o “bonde andando” e deu conta. Nota 10 !!!
Jesus e Jorge Sampaoli, do Santos, causam ciúme nos nossos técnicos. Muitos, competentes, porém, com métodos e manias arcaicas. Outros são “cabeça-dura” mesmo. Não aceitam reciclar e se rendem aos esquemas covardes. Sem falar na arrogância e prepotência.
Outros não conseguem esquentar lugar: Roth, Osvaldo de Oliveira, Geninho, etc. Professor Luxemburgo ganhou sobrevida com o limitado time do Vasco. Da nova geração, Tiago Nunes, do Athlético-PR é destaque.
Vale citar que alguns estrangeiros não conseguiram grandes trabalhos. Rueda, Edgardo Bauza, Paulo Bento, Ricardo Gareca e Juan Carlos Osório tiveram passagens normais. Na Europa, nossos técnicos dificilmente comandariam times grandes.
Que o “chamamento” de Jesus abra a cabeça dos nossos treinadores, inclusive o Tite. A qualidade do elenco e o investimento são fundamentais, todavia não podem ficar parados lamentando ou torcendo contra. Têm que atualizar, têm que evoluir!
(Ricardo Wagner é radialista e leitor convidado)
