Abrir mão de algo é sobre Autoconhecimento
Por que o que para muitos parece ser o cúmulo do absurdo, um desperdício, dentre outras opiniões para o Tiago Leifert foi um movimento natural?
A resposta, sem sombra de dúvidas, está no autoconhecimento. Quando conhecemos nossos limites, e temos consciência do quanto já conquistamos e quais são os nossos desejos e novas aspirações, os próximos passos se tornam apenas uma questão de planejamento.
É isso mesmo, planejamento! Uma mudança como esta que estamos falando, não surge do dia pra noite, ela é pensada, é pesado todos os lados da moeda, prós e contras, até que seja decidido algo concreto. No caso do Tiago, por exemplo, ele conta que essa decisão veio sendo maturada há quase um ano, quando comunicou internamente a sua vontade, mas olha o tempo que levou para acontecer de fato.
Autoconhecimento é a chave que nos leva exatamente até onde desejamos estar, é o que nos move em novas direções, o que nos mostra sempre o caminho e o tempo certo das coisas.
Insatisfação ou Felicidade, o que você sente no trabalho?
O que te faz feliz na sua carreira? Talvez o seu primeiro pensamento seja voltado a uma posição de prestígio, uma boa remuneração, a conquista do emprego dos seus sonhos. Sim, esses são mesmo fatores importantes e motivadores, mas não são os únicos, e nem suficientes quando o sentimento de insatisfação se torna presente na sua rotina. Podemos entender melhor isso, voltando ao nosso exemplo:
“Teve um dia, que talvez tenha sido a minha grande epifania do ano passado, no BBB 20. Eu cheguei em casa, 3, 4 horas da manhã, e minha esposa acordou e falou: ‘O programa foi demais! Você não está feliz?’ e eu falei: ‘Não, porque eu não fiz mais do que a minha obrigação’. Ela falou: ‘Você não vai comemorar?’. Eu: ‘Não, vou comemorar em maio, quando a gente entregar a temporada”. E você também se sente assim como o Tiago Leifert?
Esse sentimento de que precisamos estar sempre superando a todos e a nós mesmos, de que não se é bom o bastante e essa exacerbada autocobrança é algo mais comum do que se possa imaginar. Sua origem pode vir do meio externo, de uma autocobrança ou de ambos e, até certo ponto, isso poderia até ser um fator impulsionador, mas a realidade é que na maioria das vezes, este torna-se um ponto de insatisfação.
Quando paramos de celebrar as conquistas, sejam elas grandes ou pequenas, o trabalho torna-se somente obrigação, isso se sobrepõe ao contentamento, gerando uma falta de felicidade.
Felicidade no trabalho envolve conexão e compartilhamento de propósito, não é apenas sobre o que a empresa faz, mas, também sobre como você se sente.
Carreira, vida pessoal e prioridades
O apresentador também afirmou que sua postura é sempre procurar ser melhor. “Tem tanta coisa que quero aprender, quero estudar, cuidar da família. Era essa a escolha que eu tinha que fazer. A missão aqui está cumprida, mas eu posso voltar.”
Essa colocação nos faz refletir sobre duas coisas. Primeiro, o óbvio, muitas vezes quando nos dedicamos mais a algo estamos consequentemente nos dedicando menos do que gostaríamos em outras coisas, também importantes. Mas como equilibrar essa balança? Definindo prioridades.
É comum e compreensível quando alguém põe a carreira em prioridade e para isso precisa abdicar de tempo de qualidade para dedicar-se a si mesmo, amigos, família e hobbies. Mas porque o contrário ainda choca tanto?
Outro ponto é, será que é tanta loucura assim buscar novos caminhos em um mundo e mercado que nos permite ser multipotenciais?
O ponto chave da multipotencialidade é justamente sobre ampliarmos nossa vivência de mundo, desenvolvermos nossas habilidades e vislumbrarmos nossas possibilidades. Não é porque somos bons em algo que devemos nos apegar àquilo, podemos ser tão bons quanto em mais coisas, mas o único jeito de descobrir isso é saindo da nossa zona de conforto.
E então? Depois de avaliarmos todos esses aspectos, você concorda que o mercado de trabalho atual e futuro está propenso e aberto para todos os “Tiago Leifert” que também pensam em uma mudança de rota como essa? E você, sente que um dia poderia se ver na mesma situação? Deixo aqui a reflexão!