Dez dicas para se adequar às novas regras do Simples Nacional
Mudanças para 2018 foram propostas pensando em trazer benefícios tributários aos optantes pelo Simples
As novas regras do Simples Nacional já estão valendo e muitos empresários ainda não se atualizaram sobre o que mudou. Para quem é MEI, falamos sobre isso neste artigo. Os empresários que são ME ou EPP podem pode conferir os principais pontos clicando aqui.
O importante agora é saber planejar dentro dessa nova realidade. As mudanças para 2018 foram propostas pensando em trazer benefícios tributários aos optantes pelo Simples. No entanto, nem todos os pontos são positivos. Alguns, se não forem bem estudados, podem acabar confundindo o empresário, principalmente quando falamos na nova forma de cálculo.
Por esse motivo, separamos aqui dez dicas sobre como se planejar para o Simples Nacional 2018:
- O contador é o seu melhor amigo
O empresário deve estar mais próximo da sua contabilidade nesse momento. Agende uma reunião com o seu contador o quanto antes, para discutir as mudanças e, se necessário, faça um planejamento tributário para o ano, com o apoio dele. Além disso, mantenha contato constante para verificar a evolução mensal dos resultados.
- Olho no controle
A nova regra de cálculo prevê que o seu imposto será cobrado em relação à receita dos últimos 12 meses. Por isso, ter o controle rigoroso do que foi vendido é essencial para calcular sua alíquota correta. A gestão financeira profissional será fundamental nessas horas. Investir em um bom sistema gerencial também pode ajudar e muito!
- Pensamento no futuro
O ponto chave do novo cálculo é tentar entender o imposto dos próximos meses. Mudanças no faturamento irão afetar a alíquota devida, já no próximo período. Para evitar ser pego de surpresa, o empresário que fizer uma projeção de vendas e um acompanhamento periódico desse resultado, conseguirá ter maior controle dos seus impostos. A opção entre regime de caixa e regime de competência também pode ser estudada para avaliar o impacto, principalmente para quem vende muito a prazo. Isso ajudará a não mudar o preço, ao consumidor, a todo instante.
- Atenção à folha de pagamento
Para empresas de serviços que estavam no Anexo VI até 2017, o novo enquadramento dependerá de quanto a folha de pagamento representa no faturamento (o chamado fator R). O primeiro passo é ficar atento ao custo real da folha, contando pagamento a autônomos, pró-labore e encargos. Depois, deve-se avaliar qual a melhor estratégia de pessoal. Se o fator R for abaixo de 28%, isso pode fazer a empresa ter uma alíquota até 9,5% mais alta no início. Por isso, contratar novas pessoas para a equipe pode trazer benefícios tributários. Logicamente, o custo de um funcionário extra também deve ser avaliado, mas ele dará condições de a empresa expandir o seu negócio. Faça a conta e avalie a melhor opção.
- Maior regularidade fiscal
Foi firmado um acordo de integração de informações entre os órgãos federais, estaduais e municipais. Com essa troca de dados, a fiscalização será mais eficaz. Empresários que estão atrasados ou com valores não declarados corretamente devem procurar se adequar o quanto antes para evitar multas provenientes dessa fiscalização. Outro caso é de quem possui um parcelamento de impostos, que também precisará manter os impostos atuais em dia. Deixar de pagar o atual poderá causar o desenquadramento do Simples.
- Profissional parceiro é uma boa
Para alguns setores específicos, como salões de beleza e barbearias, a comissão dada ao profissional do serviço poderá ser deduzida do imposto. A empresa só pagará imposto sobre o que ficar para ela. É uma ótima notícia, mas, para aproveitar esse benefício, o empresário deve exigir que o profissional parceiro (autônomo ou MEI) tenha as declarações corretas e emita as notas fiscais.
- Licitações mais acessíveis
Para quem participa de licitações, o prazo para apresentar as certidões negativas só contará a partir da data do resultado da concorrência. Não é recomendado deixar para a última hora e, se for o caso, utilize o prazo maior para se regularizar. As licitações são oportunidades de angariar novas vendas, mesmo para quem tem alguma certidão ainda a ajustar.
- Facilidade na logística internacional
Para quem quer exportar e precisa lidar com a burocracia, o Simples 2018 permitirá simplificar a logística e realizar alguns procedimentos de forma eletrônica. Busque informação com a Receita Federal para aproveitar essa mudança.
- Linhas de crédito e investimentos a vista
A atividade de investidor-anjo pode estar no Simples em 2018. Isso significa que startups e outras empresas terão mais abertura na hora de buscar investimentos privados por essa facilidade tributária. Preparem os pitchs! Além disso, bancos públicos como a Caixa e o BNDES devem incluir linhas específicas para pequenas empresas (ainda a ser divulgado). Fique atento às informações liberadas por eles para não perder as chances!
- O Simples não é o único regime tributário
Para quem vende acima dos R$ 3,6 milhões anuais, o ICMS e o ISS serão recolhidos à parte. Mesmo um pouco abaixo desse valor, já é interessante fazer um planejamento tributário e verificar se o Simples ainda é vantajoso. Outros regimes podem gerar benefícios diferentes e empresas com faturamentos elevados poderão ter grandes economias se estudarem bem essa mudança. Coloque as contas no papel!
Muitas alterações propostas foram positivas e devem gerar benefícios aos optantes pelo Simples em 2018. Se você tem alguma dúvida, consulte o contador ou clique aqui para ver respostas comuns no site da Receita. Mantenha-se atualizado sempre e busque ajustar a empresa para conseguir melhores resultados!