Manifestação de rua – vontade popular
Vivemos na democracia, em que o poder do povo é soberano! A cada manifestação de rua, um novo escândalo vem à tona, realimentando a cadeia de protestos. O último, com envolvimento de cerca de 70 empresas, dentre elas bancos, montadoras e empreiteiras, foi revelado pela operação “Zelotes”, da Polícia Federal, que apura suposta prática de suborno para anulação de débitos fiscais junto à Receita Federal. Estima-se que o prejuízo causado aos cofres públicos tenha alcançado a cifra de 19 bilhões. Isso é fruto da corrupção que aflora neste país.
A fila para apuração de escândalos cresce assustadoramente. O petrolão ainda está no meio do caminho, e eis que surge outro sinistro de proporções agigantadas. Entre as várias faixas levantadas, durante as expressões populares de rua, as que mais se notavam eram referentes à corrupção. Por causa disso, a presidente prometeu, em discurso, que em seu Governo a adoção de medidas de combate à corrupção seria prioritária. Verdade!
Há tempos, as escolas e os postos de saúde apresentam-se em condições precárias de funcionamento. Não bastasse isso, o Governo faz questão de retirar R$ 7 bilhões do orçamento destinado ao Ministério da Educação, a principal meta do Governo. É o ministério que mais perde com os cortes do Governo. Oh, pátria educadora!
Queremos, sim, saber da destinação dos nossos impostos e para que servem 39 ministérios. Não há nada significativo, nada que se possa chamar de melhoria para o país ou para os brasileiros. Todos percebem a escalada dos juros, dos preços dos produtos e serviços, os impostos ficando cada vez mais cruéis, e o Governo não é capaz de apresentar medidas palpáveis que possam dar leve esperança de uma possível solução. O Poder Executivo parece estar hibernando em berço esplêndido, e, a cada mês, um ministro pede para sair, entretanto, a chefe do Governo diz: “este país está mais forte do que nunca”. O Congresso mais parece uma Torre de Babel, onde ninguém se entende, mas a maioria está unida pela mesma causa: o benefício próprio.
O brasileiro, um pouco mais atento, passa a observar os descasos do Governo com a população e absorve a mesma indignação demonstrada nas manifestações. Não é à toa que se espera para a manifestação do dia 12 uma quantidade muito maior de descontentes nas ruas. Como disse um articulista, “por mais que manipulem, nenhum brasileiro deixará de gritar no dia 12: fora, Dilma, fora, PT, fora, Foro de São Paulo”.
Apesar de as manifestações mostrarem claramente o descontentamento do povo com este Governo, os procedimentos políticos no Congresso não avançam no sentido de dar uma resposta à altura. Apenas fingem discutir a reforma política, que nunca vai passar de discussões. Se o Governo foi eleito pelo povo, e este mesmo povo, agora, luta pela saída da presidente, o que eles (políticos) estão esperando para atender ao clamor da população brasileira? Afinal, quantas manifestações de rua serão necessárias para o impedimento da presidente?