Câmeras mostram momento em que mulher circula com cadáver pelo banco

Imagens de segurança revelam o momento em que Erika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, chegou à agência bancária com o idoso morto


Por Nicole Diniz, do Metrópoles

17/04/2024 às 16h23

Imagens de segurança revelam o momento em que Erika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, chegou à agência bancária com o idoso morto para tentar sacar R$ 17 mil da conta dele. Na gravação, Erika busca uma cadeira de rodas e depois aparece empurrando Paulo Roberto Braga, de 68 anos, com a cabeça tombada para o lado.

Segundo Erika, Paulo morreu dentro da agência bancária. Essa teoria foi negada pela Polícia Civil, que afirmou encontrar livores cadavéricos indicativos de que o idoso não morreu sentado. Os livores são acúmulos de sangue da interrupção da circulação.

Mulher alega inocência

(ABr) – A defesa da mulher que levou o idoso morto ao banco na tentativa de sacar um empréstimo afirma que ele chegou vivo à agência localizada em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro. O caso ocorreu nessa terça-feira (16), e Érica de Souza Vieira Nunes foi presa em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver. Detida, até o fechamento desta edição, ela aguardava audiência de custódia.

A tentativa de saque na agência bancária foi registrada em vídeo. Nas imagens, o idoso está pálido e sem qualquer reação ou reflexo, sentado em uma cadeira de rodas, enquanto Érica pede repetidas vezes que ele assine o empréstimo de R$ 17 mil. A mulher, que informou à polícia ser cuidadora e sobrinha dele, chega a dizer que ele “era assim mesmo”. Os funcionários do banco percebem que o idoso não reage e decidem chamar o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU).

Ao chegar, o médico constatou que o corpo apresentava sinais de que a morte já havia ocorrido há algumas horas. Diante disso, a Polícia Militar foi chamada e Érica foi encaminhada para a 34ª DP (Bangu), onde o caso está sendo investigado. O corpo do idoso será examinado no Instituto Médico Legal (IML), a fim de apurar as circunstâncias da morte. Agentes realizam diligências para esclarecer os fatos.

A advogada de Érica, Ana Carla de Souza Correa, afirma que o homem estava vivo quando chegou ao banco, e que sua cliente se encontrava em estado emocional abalado e sob efeito de remédios. Em depoimento à Polícia Civil, Érica disse que foi à agência bancária levada por um motorista de aplicativo.

“É uma senhora idônea, que tem uma filha especial que precisa dela. Sempre cuidou com todo o carinho do Seu Paulo. Tudo será esclarecido e acreditamos na inocência da senhora Érica”, disse a advogada. “Existem testemunhas que no momento oportuno serão ouvidas”.

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