O embate do Palácio do Planalto com o Centrão e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem provocado baixas em cargos de segundo escalão da Esplanada. Alvo de disputa com o PP desde que o deputado André Fufuca (PP) assumiu o Ministério do Esporte, a Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda está sem comando há mais de uma semana após a demissão do assessor especial José Francisco Manssur. No Ministério da Saúde, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes, do PCdoB, também caiu após divergências internas e questionamentos de líderes da Câmara sobre os critérios para a distribuição de verbas para municípios. Por ora, o cargo é ocupado pelo adjunto da Secretaria, Felipe Proenço de Oliveira.
Chapa quente
Além do desgaste com deputados, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha – sob fritura -, é cobrado por prefeitos. Mofa na mesa dele ofício da frente que representa as prefeituras (FNP) no qual pedem socorro para compensar a perda do salário-educação. O prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), é secretário-geral da entidade.
Apoio de peso
O empresário Rubens Ometto (Cosan) fechou apoio ao CEO da Vale, Eduardo Bartolomeo, para ele ficar um ano e passar o bastão para Luís Henrique Guimarães, que foi da Cosan e hoje é conselheiro da mineradora. Do lado oposto do Bradesco, Ometto joga pesado para emplacar seu plano.
Nome e sobrenome
O ranger de dentes contra o Governo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem nome e sobrenome: Renan Calheiros (MDB-AL). Pesquisa de um instituto nacional mostrou que Calheiros é o político mais influente de Alagoas juntamente com o governador Paulo Dantas, seu aliado. Lira ficou em terceiro lugar.
Silêncio estridente
Enquanto o pré-candidato do Psol à prefeitura da São Paulo, Guilherme Boulos, silencia sobre a fala do presidente Lula da Silva comparando a invasão à Gaza ao Holocausto, a bancada do partido apoia o petista. “É genocida sim”, endossa o deputado Ivan Valente (SP), que escreveu a frase em um cartaz e circulou pelos corredores e plenário da Câmara.
PIB x endividamento
O efeito positivo sobre o consumo provocado pela injeção de renda introduzida pelo pagamento dos precatórios em dezembro de 2023 e a melhora do cenário externo podem elevar o crescimento econômico do Brasil em 2024: de 1,2% para 1,6%. A projeção é da Instituição Fiscal Independente, do Senado. Por outro lado, o relatório da IFI aponta incertezas relativas às fragilidades fiscais e ao excessivo endividamento das famílias.