Projeto revitaliza ambientes do Centro Socioeducativo de JF
Iniciativa promoveu oficinas de pinturas para 20 adolescentes e jovens, que recebem certificação pelo trabalho em cerimônia nesta quinta
Unindo educação e cultura, 20 adolescentes e jovens, entre 12 e 21 anos, do Centro Socioeducativo (CSE) de Juiz de Fora participaram de um projeto para revitalização da quadra e da sala de visitas do espaço. Além de trazer mais cor para o CSE, os jovens tiveram a oportunidade de se capacitar através de oficinas de pintura e, nesta quinta-feira (21), recebem certificação pelo trabalho em cerimônia realizada no local.
A revitalização do CSE e a capacitação dos jovens ocorreu em parceria com o projeto beneficente Colorindo o Bem, da Laca Pinturas, e idealizado por Leonardo Alves, que ofereceu oficinas técnicas de pintura aos adolescentes. Para completar o lado artístico, o grafiteiro Felipe Stain também foi convidado para participar da iniciativa, auxiliando os adolescentes nos desenhos que compõem os espaços revitalizados. De acordo com o artista, o projeto vai além de uma finalidade social para integrar também o lado cultural.
“Eu sinto que a arte que eu faço faz mais sentido ainda com este espaço, porque eu venho da cultura hip-hop, que é uma cultura que conversa muito com a juventude, então eu acho que eles se sentem representados com o estilo de arte que eu faço”, diz Stain. “A gente escolheu também estar aqui no Centro Socioeducativo para fazer com que a passagem dos jovens que estão por aqui, por mais que seja uma passagem para eles pensarem, que seja tranquila, que tenha arte envolvida, que tenha um acolhimento, porque realmente é isso que vai mudar lá fora.”
Além da “formatura” para a capacitação em pintura, os jovens do CSE também receberão certificados por cursos de panificação e de pizzaiolo promovidos por uma parceria da Secretaria de Estado de Segurança Pública com o Senai, de acordo com o diretor-geral do espaço, Emerson Rocha. “Vai ser uma festa e uma alegria muito grande para nós aqui do Centro Socioeducativo. Eu costumo falar que a nossa função aqui é dar oportunidade. A gente não muda a vida de ninguém, mas a gente dá a oportunidade de a pessoa mudar, porque a mudança está na pessoa”, aponta.
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Colorindo o Bem
O projeto Colorindo o Bem tem a proposta de fazer a pintura total ou parcial de pelo menos um imóvel público por ano. De acordo com Luiza Almeida Vianna, que fez o projeto arquitetônico de revitalização do CSE juntamente com Flávia Buzzinari, o Colorindo o Bem já atuou em diferentes locais em Juiz de Fora e pretendia levar a iniciativa para a Zona Norte. Ao tomar conhecimento da possibilidade de atuar no CSE, o projeto vislumbrou também a oportunidade de promover capacitação para os adolescentes e jovens.
“Quando a gente passou por aquela porta, a gente viu um potencial enorme e um cuidado muito grande com o espaço, que é um local com potencial de transformação. O Léo hoje dá cursos de pintura profissional e, conversando com o pessoal daqui, a gente viu que o projeto poderia ganhar uma força muito maior se ele tivesse esse viés também de capacitação”, explica.
Ainda conforme Luiza, a escolha dos espaços que passaram pela revitalização – a sala de visitas e a quadra poliesportiva – ocorreu por serem lugares de convivência dos adolescentes, famílias e trabalhadores do CSE. “[O salão de visitas], como todos os espaços aqui, estava super bem cuidado, mas faltava aquele acolhimento de casa. Então a gente achou que, ao escolher esse espaço, a gente iria acolher também a família e as pessoas que vêm visitar”, diz. “E a quadra foi muito natural, porque é o espaço favorito dos meninos aqui dentro, onde eles se divertem, se encontram e onde o Stain conseguiria expressar mais ainda a arte dele”, explica.