Eleições no MPF

Por Leandro Mazzini, com Walmor Parente, Carol Purificação e Tom Camilo

Uma informação bomba circula nos corredores do MPF. Pressionada por alguns grupos da base, entre eles procuradores mais afinados com a Lava-Jato, a procuradora-geral interina Elizeta Ramos vai convocar eleições para o comando das procuradorias da República nos Estados e no Distrito Federal. A eleição, marcada para a próxima semana, pode redefinir o jogo de forças dentro do Ministério Público e engessar a administração do futuro procurador-geral, caso o presidente Lula da Silva decida escolher outro nome, que não Elizeta, para chefiar a PGR.Em tese, um novo procurador-geral até poderia anular a decisão de Elizeta e convocar novas eleições. Mas a iniciativa seria fonte de enorme desgaste. A Coluna ainda não obteve uma resposta oficial do MPF.

Lista

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Senadores insatisfeitos com a articulação do Planalto levaram ao líder do Governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), a lista de exigências para evitar novas derrotas. A principal delas é a liberação de emendas. Querem também a nomeação de indicados aos cargos no Governo, que tem privilegiado nomes de bancadas na Câmara. Outra queixa dos parlamentares do Senado é a dificuldade de agenda com o presidente Lula.

Na mira

Eterno ex-suplente de Blairo Maggi, o ex-senador Cidinho Santos entrou na mira da Executiva Nacional do Progressistas. Ele foi alçado a presidente da Executiva Estadual com a missão de levar o partido a apoiar os candidatos a prefeitos do governador Mauro Mendes. Santos estaria “ensaboando” demais, o que tem irritado muito os caciques da legenda.

Voluntário

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou projeto (PL 5414/13) que cria o Serviço Voluntário de Defesa Civil em caráter permanente – não apenas em situações de calamidade pública. De autoria do ex-deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), a proposta estabelece que o serviço voluntário será exercido gratuitamente por civis voluntários e ficará sob a coordenação direta da Polícia Militar.

Missõe$

As missões oficiais do Senado Federal estão saindo mais caras este ano. Um levantamento realizado pela Coluna, com base em dados da Casa, mostra que de janeiro até setembro de 2023 já foram gastos mais de R$ 2 milhões em viagens internacionais feitas pelos parlamentares. Das 131 viagens ocorridas neste ano, 63 foram na classe executiva. Em 2022, foram gastos R$ 741 mil em 153 viagens internacionais.

Guerra virtual

No front digital, cresce no Brasil a busca por proteção contra megavazamentos de dados e ataques hackers a empresas e órgãos públicos. Segundo a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), entre janeiro e agosto, a contratação do seguro de riscos cibernéticos subiu 24%, com R$ 136 milhões faturados no período. Desde que foi criada, em 2019, a arrecadação deste seguro aumentou mais de 1.000%.

Leandro Mazzini

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